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Australiana condenada a prisão perpétua depois de servir um almoço com cogumelos venosos

Erin Patterson, condenada por triplo homicídio, sai do Supremo Tribunal de Victoria, em Melbourne, na Austrália, 8 de setembro de 2025.
Erin Patterson, condenada por triplo homicídio, sai do Supremo Tribunal de Victoria, em Melbourne, na Austrália, 8 de setembro de 2025. Direitos de autor  AP Photo
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Erin Patterson foi condenada a pena de prisão depois de ter matado três familiares com carne wellington misturada com cogumelos venenosos.

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Esta segunda-feira, um tribunal australiano condenou Erin Patterson a prisão perpétua, com um período sem direito a liberdade condicional de 33 anos, por ter envenenado três familiares do ex-marido com cogumelos tóxicos.

Patterson foi condenada em julho, após um julgamento de 11 semanas, por ter assassinado Don e Gail Patterson e a irmã de Gail, Heather Wilkinson, com um almoço de pastéis de carne Wellington misturados com cogumelos venenosos.

Foi também condenada por tentar assassinar o marido de Heather, Ian Wilkinson, que passou semanas no hospital depois de ter comido os cogumelos.

O ex-marido, Simon Patterson, foi convidado para o almoço de julho de 2023, mas não compareceu.

"As vítimas eram todas seus parentes por casamento. Mais do que isso, todos eles foram bons para si e para os seus filhos durante muitos anos, como reconheceu no testemunho ", disse o juiz Christopher Beale ao Suprema Tribunal do estado de Victoria após ler a condenação de Patterson.

Erin Patterson chega ao Supremo Tribunal de Victoria, em Melbourne, na Austrália, 25 de agosto de 2025.
Erin Patterson chega ao Supremo Tribunal de Victoria, em Melbourne, na Austrália, 25 de agosto de 2025. AP Photo

Tanto os advogados de acusação como os de defesa tinham concordado que a pena de prisão perpétua era o castigo adequado para a mulher, que tinha 50 anos na altura do crime, acusada de três homicídios e de uma tentativa de homicídio.

Os advogados de defesa pediram que Patterson pudesse beneficiar de liberdade condicional depois de cumprir 30 anos. Os procuradores argumentaram que Patterson nunca deveria ser considerada para liberdade condicional porque não merecia a misericórdia do tribunal.

Motivo desconhecido

O juiz Beale disse que não iria especular sobre o motivo de Patterson, mas afirmou que ela também tencionava matar o ex-marido se este tivesse aceitado o convite para o encontro.

Patterson fingiu ter recebido um diagnóstico de cancro como motivo para reunir o grupo. Alegou que queria conselhos sobre como dar a notícia aos dois filhos, que não estavam presentes.

Beale aceitou a versão de Ian Wilkinson, segundo a qual os convidados foram servidos em pratos cinzentos, enquanto Patterson comeu num prato cor de laranja. O objetivo era evitar que Patterson comesse acidentalmente uma refeição envenenada, disse Beale.

Patterson - que se declarou inocente - afirmou que as mortes foram um trágico acidente.

Esta detida desde que foi acusada, em novembro de 2023. A sentença tem data retroativa a essa data. A partir de agora dispõe de 28 dias para recorrer da condenação e da severidade da pena.

Devido ao enorme interesse internacional no caso, o tribunal concedeu a uma câmara de televisão autorização para filmar Beale a proferir a sentença dentro da sala de audiências. Foi a primeira vez que isto aconteceu neste estado australiano.

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