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"Conduta inaceitável entre parceiros", afirma Israel após UE suspender apoio bilateral ao país

ARQUIVO: O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, fala com jornalistas à chegada à reunião UE-Vizinhança do Sul no edifício do Conselho da UE, 14 de julho de 2025
ARQUIVO: O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, fala com jornalistas à chegada à reunião UE-Vizinhança do Sul no edifício do Conselho da UE, 14 de julho de 2025 Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Sasha Vakulina
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"A Europa transmite a mensagem errada que fortalece o Hamas e o eixo radical no Médio Oriente", afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, depois de Ursula von der Leyen ter anunciado que a União Europeia iria suspender o seu "apoio bilateral" a Israel.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, criticou o anúncio feito pela chefe da Comissão Europeia, na quarta-feira, de que a União Europeia (UE) irá suspender o seu "apoio bilateral" a Israel e suspender parcialmente as partes comerciais do seu acordo de associação.

Classificando os comentários de Ursula von der Leyen como "lamentáveis", Sa'ar disse que "esta não é uma conduta aceitável entre parceiros".

Além disso, algumas das palavras de von der Leyen foram "também manchadas por ecoarem a falsa propaganda do Hamas e dos seus parceiros", acrescentou Sa'ar.

"Mais uma vez, a Europa transmite a mensagem errada que reforça o Hamas e o eixo radical no Médio Oriente", sublinhou.

No seu discurso anual sobre o Estado da União, von der Leyen denunciou uma "fome provocada pelo homem" em Gaza e "uma tentativa clara" de Israel de "minar a solução dos dois Estados". Mas também considerou "dolorosa" a incapacidade da Europa para encontrar uma resposta para as ações de Israel em Gaza.

"O que está a acontecer em Gaza é inaceitável", afirmou von der Leyen. "A Europa tem de assumir a liderança, tal como já o fez anteriormente".

O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou que a presidente da Comissão Europeia está "bem ciente dos esforços de Israel - juntamente com, entre outros, a própria União Europeia - para ajudar o esforço humanitário em Gaza".

"O ponto principal não foi mencionado na declaração da presidente: o sofrimento em Gaza é inteiramente obra do Hamas", afirmou Sa'ar, reiterando que a guerra em Gaza começou depois de militantes liderados pelo Hamas terem atacado o sul de Israel a 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1200 pessoas, muitas delas civis.

O Hamas mantém ainda 48 reféns, dos quais se pensa que cerca de 20 estão vivos.

"A sua continuação é o resultado da recusa persistente do Hamas em libertar os nossos reféns e depor as armas. O sofrimento infligido tanto aos israelitas como aos palestinianos é culpa do Hamas", afirmou Sa'ar.

"Qualquer pessoa que pretenda pôr termo à guerra sabe muito bem como acabar com ela: a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas, um novo futuro para Gaza."

No início deste ano, a UE concordou em rever a sua parceria central com Israel, que remonta a 1995, conhecida como o Acordo de Associação UE-Israel, em resposta às ações em curso de Israel em Gaza.

Mas, até à data, tem sido impossível chegar a um consenso sobre novas medidas, devido às profundas divisões entre os Estados-Membros da UE.

"Estou consciente de que será difícil encontrar maiorias", disse von der Leyen, "mas todos temos de assumir as nossas responsabilidades".

Sa'ar respondeu dizendo que a presidente da Comissão Europeia "erra ao ceder às pressões de elementos que procuram minar as relações Israel-Europa".

"Esta tendência é contrária aos interesses dos próprios Estados europeus. E principalmente: esta conduta não é aceitável entre parceiros", vincou.

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