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Câmara de Budapeste vai erigir um monumento permanente de homenagem a Alexei Navalny

Memorial de Alexei Navalny, em Budapeste, 18 de setembro de 2025.
Memorial de Alexei Navalny, em Budapeste, 18 de setembro de 2025. Direitos de autor  Euronews/KR
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De Rita Konya
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Há alguns dias, o memorial espontâneo, erguido no dia da morte do político da oposição russa, em fevereiro de 2024, foi destruído por desconhecidos, ficando apenas alguns vasos de flores.

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Primeiro János Oláh , do Partido do Cão de Duas Caudas (o MKPP, que usa a ironia para fazer oposição), colocou uma fotografia de Alexei Navalny no memorial ao ativista em Budapeste, imediatamente após este ter sido vandalizado. Mas esta fotografia desapareceu rapidamente. Em seguida, Oláh colocou outra fotografia na saída da paragem de metro da Rua Bajza. A fotografia foi acompanhada por mais fotografias, flores e velas. Quando a nossa equipa esteve no local, na quinta-feira de manhã, uma pessoa colocava flores no gradeamento amarelo da estação de metro.

Tamás Soproni , presidente do distrito municipal de Terézváros, em Budapeste, escreveu no Facebook que as autoridades locais vão tomar a iniciativa de criar um memorial permanente nesse mesmo local, em conjunto com a Câmara Municipal de Budapeste. O presidente da Câmara disse apoiar a iniciativa.

"Penso que vale a pena pensar num memorial permanente por sugestão do distrito municipal de Terézváros, o que obviamente não significa que muitas pessoas deixem de expressar o seu apreço por Navalny de forma espontânea. Em breve vão ser iniciadas discussões com as organizações distritais e profissionais sobre o tipo de memorial que se adequa a este local tão especial e movimentado", disse Gergely Karácsony à Euronews.

O memorial inicialmente vandalizado foi criado por civis em frente à embaixada russa. Tornou-se mesmo uma local de encontros regulares para protestar contra o regime de Vladimir Putin e para recordar as vítimas do regime russo.

A criação de um memorial permanente - e mesmo a atribuição do nome do falecido líder da oposição russa a um espaço público - é também o objetivo do grupo de civis que ali se reúnem. A proposta foi feita, pela primeira vez, em fevereiro deste ano, quando se comemorava o primeiro aniversário da morte de Navalny. O grupo de amigos que cuida regularmente do memorial, incluindo a dramaturga Fruzsina Magyar, que está a organizar uma manifestação na próxima semana.

"A barbaridade que foi cometida aqui não é um simples crime, mas tem obviamente um fundo e uma base política. Não sabemos quem foi o autor do crime. Só o poderemos dizer quando as imagens das câmaras de vigilância forem vistas pela polícia e por outras entidades oficiais e estas iniciarem uma investigação. Apresentei uma queixa contra autores desconhecidos. Mas tenho a certeza de que isto tem motivações e antecedentes políticos", afirmou Fruzsina Magyar.

Num comunicado, a embaixada russa diz que o memorial foi criado por um "grupo de pessoas anti-russas" e é uma provocação. O comunicado defedne que o memorial foi "demolido pelas mesmas pessoas que o ergueram, com o objetivo de provocar". A embaixada considera que a reação do presidente do distrito municipal e do município foi muito rápida, o que implica que estas acções foram coordenadas.

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