Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Última hora. Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem o Estado da Palestina

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem o Estado da Palestina
Direitos de autor  European Broadcast Union
Direitos de autor European Broadcast Union
De euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

Os primeiros-ministros dos três países anunciaram simultaneamente o reconhecimento do Estado da Palestina. Condenação firme aos ataques do Hamas. Segundo Starmer, Carney e Albanese, trata-se de um passo em frente para a solução de dois Estados.

PUBLICIDADE

Conforme anunciado neste domingo de manhã, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália oficializaram o reconhecimento do Estado da Palestina. O anúncio chega na véspera da Assembleia Geral da ONU.

«Hoje, para reavivar a esperança de paz entre palestinianos e israelitas e de uma solução de dois Estados, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina», afirmou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer num vídeo publicado no domingo à tarde nas redes sociais.

Apesar das fortes pressões exercidas pelo presidente Trump durante a sua visita a Londres, Starmer afirmou ter levantado a questão com Donald Trump "porque a situação em Gaza é intolerável" e, portanto, "a questão do reconhecimento deve ser analisada".

Embora a medida prevista seja em grande parte simbólica, o Reino Unido espera que ela possa aumentar a pressão diplomática para pôr fim ao conflito em Gaza, bem como contribuir para abrir caminho para uma paz duradoura baseada na coexistência de dois Estados.

"Qualquer decisão de reconhecer um Estado palestiniano, se isso acontecer ainda hoje, não fará nascer um Estado palestiniano da noite para o dia", explicou o vice-primeiro-ministro David Lammy numa entrevista à Sky News hoje de manhã. Em seguida, sugeriu que o reconhecimento ajudaria a manter viva a perspetiva de uma solução de dois Estados e salientou que identificar o povo palestiniano com o Hamas é uma narrativa falsa.

Carney: "Criação de um Estado palestiniano soberano, democrático e viável"

"Desde 1947, a política de todos os governos canadianos tem sido apoiar uma solução de dois Estados para uma paz duradoura no Médio Oriente. Isso implicava a criação de um Estado palestiniano soberano, democrático e viável, que construísse o seu futuro em paz e segurança ao lado do Estado de Israel", escreveu o primeiro-ministro canadiano Mark Carney no comunicado em que anunciou o reconhecimento da Palestina como Estado.

"O Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece a sua colaboração na construção de um futuro pacífico tanto para o Estado da Palestina como para o Estado de Israel. O Canadá age nesse sentido no âmbito de um esforço internacional coordenado que visa preservar a possibilidade de uma solução de dois Estados. Embora não tenha a ilusão de que esse reconhecimento seja uma panaceia, o Canadá considera que ele está em total conformidade com os princípios de autodeterminação e direitos humanos fundamentais consagrados na Carta das Nações Unidas e com a política coerente seguida pelo país há gerações", continua o texto.

"O reconhecimento do Estado da Palestina, liderado pela Autoridade Palestiniana, dá força àqueles que procuram a coexistência pacífica e o fim do Hamas. Isso não legitima de forma alguma o terrorismo, nem o recompensa. Além disso, não compromete de forma alguma o firme apoio do Canadá ao Estado de Israel, ao seu povo e à sua segurança, segurança essa que só pode ser garantida através da consecução de uma solução global de dois Estados", conclui Carney.

Anthony Albanese: "O Hamas não deve ter qualquer papel na Palestina"

A Austrália foi a outra nação a reconhecer a soberania do território palestiniano neste domingo. Este país da Oceania reconhece as aspirações legítimas e históricas do povo palestiniano de ter o seu próprio Estado. "O reconhecimento da Palestina pela Austrália hoje, juntamente com o do Canadá e do Reino Unido, faz parte de um esforço internacional coordenado para dar um novo impulso a uma solução de dois Estados, a partir de um cessar-fogo em Gaza e da libertação dos reféns capturados durante as atrocidades de 7 de outubro de 2023", lê-se no texto divulgado pelo primeiro-ministro australiano Anthony Albanese.

"O ato de reconhecimento de hoje reflete o compromisso de longa data da Austrália com uma solução de dois Estados, que sempre foi o único caminho para a paz e a segurança duradouras para os povos israelita e palestiniano. A organização terrorista Hamas não deve ter qualquer papel na Palestina", continua a nota.

"Outras medidas, incluindo o estabelecimento de relações diplomáticas e a abertura de embaixadas, serão consideradas à medida que a Autoridade Palestiniana avançar nos seus compromissos de reforma", acrescenta Albanse.

"Já está em curso um trabalho crucial por parte da comunidade internacional para desenvolver um plano de paz credível que permita a reconstrução de Gaza, reforce a capacidade do Estado da Palestina e garanta a segurança de Israel".

Os EUA têm feito pressão para que estes países não avancem com o reconhecimento do Estado palestiniano, mas isso não demoveu a tomada de decisão destes países. O secretário de Estado, Marco Rubio, alertou que Israel poderia responder "reciprocamente" através da anexação da Cisjordânia.

Cerca de dez países preparam-se para reconhecer o Estado da Palestina nos próximos dias e vão fazer a devida referência a essa tomada de decisão na 80.ª Sessão da Assembleia Geral da ONU que terá lugar na terça-feira, em Nova Iorque. Portugal também deverá oficializar o reconhecimento do Estado palestiniano ao final do dia deste domingo.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Portugal e mais nove países preparam-se para reconhecer Estado da Palestina

Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina no domingo. Autoridade Palestiniana saúda a decisão

Assembleia-Geral da ONU vota a favor da solução de dois Estados para Israel e a Palestina