As autoridades chinesas procederam à retirada de 1,9 milhões de residentes do sul do país devido à aproximação do supertufão Ragasa, com ventos de 241 km/h. Hong Kong e Macau enfrentaram graves perturbações, com o cancelamento de aulas e voos.
As autoridades chinesas promoveram a retirada de 1,9 milhões de habitantes da província de Guangdong, no sul do país, numa altura em que o supertufão Ragasa, a tempestade mais forte do ano, se aproximava da China, com ventos a atingir os 241 km/h e ondas mais altas do que postes de iluminação.
O tufão obrigou ao encerramento de escolas e de empresas em pelo menos 10 cidades, à medida que se aproximava o momento previsto para a sua chegada ao continente, entre Yangjiang e Zhanjiang, ao fim da tarde. O observatório de Hong Kong registou ventos máximos sustentados de 195 km/h perto do centro da tempestade.
Entretanto, ondas enormes fustigaram as zonas costeiras da cidade de Zhuhai e de Hong Kong.
Segundo o observatório de Hong Kong, o Ragasa registou ventos máximos sustentados nas proximidades do seu centro de cerca de 195 km/h e prevê-se que continue a deslocar-se para oeste ou oeste-noroeste.
Os ventos provocados pela tempestade, que destruiu parte do telhado de uma ponte pedonal e arrancou centenas de árvores por toda a cidade, têm vindo a enfraquecer gradualmente.
Hong Kong e a vizinha Macau cancelaram voos e encerraram escolas. Centenas de pessoas procuraram refúgio em centros temporários em ambas as cidades, enquanto as equipas de salvamento em barcos insufláveis enfrentavam as ruas inundadas para salvar os que estavam retidos. Em Macau, a eletricidade foi cortada em algumas zonas submersas e baixas por razões de segurança.
As chuvas torrenciais causaram mortes e prejuízos em Taiwan e nas Filipinas.
Em Taiwan, as chuvas torrenciais de terça-feira provocaram o transbordo de uma barragem no município de Guangfu, no condado de Hualien, na parte oriental do país, provocando a queda de uma ponte e inundando as estradas da região.
Mais de metade da população de Guangfu, cerca de 12.000 pessoas, procurou refúgio em terrenos mais altos ou nos pisos superiores das suas casas. Muitos residentes afirmaram que as ordens de evacuação foram insuficientes quando o lago transbordou.
De acordo com as últimas informações disponíveis, as autoridades locais informaram que 15 pessoas morreram e que se perdeu o contacto com, pelo menos, 17 outras no município.
Pelo menos 10 mortes foram registadas nas Filipinas, incluindo sete pescadores que se afogaram quando ondas enormes e ventos fortes fizeram o seu barco virar, na segunda-feira, ao largo da cidade de Santa Ana, no norte da província de Cagayan. Cinco outros pescadores continuam desaparecidos, segundo as autoridades provinciais.