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Flotilha humanitária com destino a Gaza alvo de novo ataque com drones e explosões, dizem ativistas

ARQUIVO: A frota italiana da Flotilha Global Sumud parte do porto de Siracusa, Itália, quinta-feira, 11 de setembro de 2025.
ARQUIVO: A frota italiana da Flotilha Global Sumud parte do porto de Siracusa, Itália, quinta-feira, 11 de setembro de 2025. Direitos de autor  Sebastiano Diamante/LaPresse via AP
Direitos de autor Sebastiano Diamante/LaPresse via AP
De Evelyn Ann-Marie Dom
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A flotilha de ajuda humanitária com destino a Gaza registou vários ataques de drones às suas embarcações ao largo da costa da Grécia.

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Os organizadores da flotilha de ajuda humanitária com destino a Gaza informaram, no final da tarde de terça-feira, que "mais de 15" drones tinham como alvo várias das suas embarcações, atualmente localizadas ao largo da costa da Grécia.

"Múltiplos drones e objetos não identificados foram lançados, as comunicações foram bloqueadas e foram ouvidas explosões em vários barcos", publicou o grupo numa declaração no Instagram. Os ativistas relataram pelo menos nove ataques a oito dos seus barcos.

"Não seremos intimidados", lembrou o grupo, dizendo que cada tentativa nesse sentido só reforça o seu compromisso. "Estas táticas não nos vão demover da nossa missão de entregar ajuda a Gaza e quebrar o bloqueio ilegal."

O grupo apelou à Guarda Costeira grega para "proteger todos os navios e todas as vidas humanas dentro da sua zona SAR [de Busca e Salvamento]".

O ataque ocorreu à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, que está a decorrer em Nova Iorque. Os organizadores da flotilha apelaram aos líderes mundiais presentes na cimeira para que tomem "medidas imediatas a favor de Gaza", votando, nomeadamente, a favor de uma resolução "revolucionária" apresentada pelo presidente colombiano Gustavo Petro.

O líder colombiano apelou à criação de um "poderoso exército de países que não aceitam o genocídio" para estabelecer uma "força de manutenção da paz" na região.

A missão humanitária da flotilha

A flotilha é uma frota civil de mais de 50 pequenas embarcações de 44 países, com o objetivo de quebrar o bloqueio israelita à Faixa de Gaza, que foi reforçado em outubro de 2023, no início da guerra na Faixa de Gaza, na sequência do ataque militante liderado pelo Hamas ao sul de Israel.

Não é a primeira vez que ativistas que tentam romper o bloqueio são alvo de ataques. No início deste mês, a flotilha foi atacada duas vezes num momento em que os seus barcos estavam atracados em águas tunisinas, segundo os ativistas.

Um dos barcos visados é o Family Boat, uma embarcação de bandeira portuguesa e navio principal da flotilha, que transporta ajuda e alguns dos mais famosos ativistas a bordo, incluindo Greta Thunberg e a antiga presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau.

Pessoas juntam-se para mostrar apoio à Flotilha Global Sumud antes da partida prevista para entregar ajuda a Gaza em Tunis, Tunísia, 10 de setembro de 2025.
Pessoas juntam-se para mostrar apoio à Flotilha Global Sumud antes da partida prevista para entregar ajuda a Gaza em Tunis, Tunísia, 10 de setembro de 2025. Anis Mili/AP

O Alma, outro dos principais navios da missão, terá sido igualmente visado.

Embora não existam provas concretas, os ativistas acusaram Israel de estar por detrás dos ataques.

Em julho, a Flotilha da Liberdade, que navegava sem quaisquer armas, foi abordada por forças israelitas em águas internacionais, quando se encontrava a transportar mantimentos para a Faixa de Gaza.

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