Há dois anos, o Hamas lançou o seu maior ataque terrorista contra Israel, visando bases militares, kibutz e um festival de música. O movimento islamista palestiniano matou cerca de 1 200 pessoas e fez mais de 250 reféns.
São 6h29 da manhã quando uma chuva de rockets atinge Israel no sábado, 7 de outubro de 2023. Estes cerca de 5 000 projéteis disparados pelo Hamas marcam o início do ataque terrorista denominado 'Dilúvio de Al-Aqsa'. O movimento islâmico palestiniano nomeou a sua ofensiva em homenagem ao terceiro local sagrado do Islão, situado em Jerusalém.
A Cúpula de Ferro (Iron Dome), o sistema de defesa israelita, entra em ação. As sirenes de alarme ressoam uma após outra nas cidades israelitas. No entanto, o dispositivo militar é rapidamente sobrecarregado pela quantidade de rockets utilizados pelos terroristas. Alguns atingirão alvos até 80 km de profundidade no território israelita.
Ao mesmo tempo, combatentes do Hamas, armados com explosivos e depois com bulldozers, atacam a fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Assaltantes em motocicletas, carrinhas, utilizarão estas brechas para atacar os seus alvos, situados na maioria a 30 minutos dali. Contarão ainda com o apoio de outros comandos que atuarão pelo mar, com barcos a motor, e até pelo ar, com paramotores, uma espécie de parapente motorizado.
A magnitude e brutalidade do ataque chocam a comunidade internacional.
Em duas horas, os combatentes do movimento terrorista palestiniano atacam bases militares israelitas e kibutzim. O festival de música Nova será o local do maior massacre. Cerca de 3 000 pessoas estavam reunidas no deserto do Negev, mais de 360 festivaleiros foram mortos e 44 foram feitos reféns.
A estas mortes somam-se as vítimas de agressões sexuais. A ONU menciona violações, torturas, tratamentos cruéis, desumanos e degradantes.
A resposta israelita
O Estado hebraico acabará por responder antes das 10h com os seus primeiros ataques contra a Faixa de Gaza.
Pouco depois das 11h30, o Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu faz uma declaração. Afirma que o país está em guerra. Durante a tarde, 360 000 reservistas do exército são mobilizados para reforçar os 170 000 soldados existentes.
A meio do dia, as forças israelitas recuperam terreno. Mas só no dia 10 de outubro o exército declara ter retomado a totalidade das áreas atacadas pelo Hamas.
No dia 7 de outubro, cerca de 1 200 pessoas foram mortas, principalmente civis, e mais de 250 israelitas foram feitos reféns.