A Euronews falou com Omri Lendler, um dos sobreviventes do ataque do Hamas ao Festival de Música Supernova.
“Um caos completo, um cenário de morte de destruição” – é desta forma que Omri Lendler um dos sobreviventes do ataque ao Festival Supernova descreve o que viveu.
O festiva de música foi anunciado como "uma viagem de unidade e amor", mas tornou-se num dos alvos do maior ataque de sempre do Hamas a Israel.
“Por volta das 6 da manhã ouvimos os mísseis sobre as nossas cabeças, estávamos muito assustados, não sabíamos o que estava a acontecer e sabíamos que estávamos muito perto da Faixa de Gaza. Ouvimos o sistema de defesa antiaérea a intercetá-los. Desligaram a música e disseram a toda a gente para abandonar o festival”, contou Omri à Euronews.
Depois de ter tentado fugir de carro em duas direções diferentes, Omri decidiu enterrar-se. Ouviu gritos em árabe e chegou a pensar que tinha sido descoberto. “Tive a certeza de que estava prestes a levar um tiro na cabeça. Fechei os olhos e agradeci à minha família pela vida fantástica que me deu”, recordou.
Conseguiu sobreviver, mas muitos dos seus amigos continuam desaparecidos. “Se calhar ainda não identificaram os corpos, se calhar foram raptados para a Faixa de Gaza e nem quero pensar no que lhes podem ter feito se tiverem sido raptados..."
Omri diz estar triste por todos os civis que foram apanhados na situação, de ambos os lados, mas considera que é importante compreender que “o Hamas partiu para a ofensiva e decidiu por sua iniciativa infiltrar-se na terra de Israel e matar civis inocentes”. Na sua opinião, o sangue dos palestinianos está nas mãos dos terroristas.