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Putin admite que defesas aéreas russas abateram avião da Azerbaijan Airlines em 2024

Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, 25 de dezembro de 2024
Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, 25 de dezembro de 2024 Direitos de autor  AP Photo
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De Gavin Blackburn
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O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se em Aktau, a 25 de dezembro de 2024, durante um voo de Baku para Grozny.

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O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu na quinta-feira que as defesas aéreas da Rússia foram responsáveis pelo abate de um avião de passageiros do Azerbaijão em dezembro, que matou 38 pessoas, na sua primeira admissão pública de culpa pelo acidente.

Putin fez a declaração durante um encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, capital do Tajiquistão, onde ambos participam numa cimeira regional, e prometeu pagar uma indemnização às pessoas afetadas.

O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se a 25 de dezembro de 2024 em Aktau, no Cazaquistão, quando fazia a ligação entre Baku e Grozny, na Chechénia. No total, 29 pessoas a bordo sobreviveram, em grande parte graças ao heroísmo dos pilotos, que se encontravam entre as 38 vítimas mortais.

Fontes governamentais do Azerbaijão confirmaram em exclusivo à Euronews, um dia depois do acidente, que, de acordo com as suas conclusões na altura, um míssil terra-ar russo terá sido a causa da queda do avião em Aktau.

De acordo com as fontes, o míssil foi disparado contra o voo 8432 durante uma atividade aérea de drones sobre Grozny e os estilhaços atingiram os passageiros e a tripulação quando explodiu junto ao avião em pleno voo.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, conversam em Dushanbe, a 9 de outubro de 2025
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, conversam em Dushanbe, a 9 de outubro de 2025 AP Photo

O míssil foi disparado de um sistema de defesa aérea Pantsir-S, informou a agência internacional AnewZ, com sede em Baku.

Fontes governamentais disseram à Euronews que o avião danificado não foi autorizado a aterrar em nenhum aeroporto russo, apesar dos pedidos dos pilotos para uma aterragem de emergência, e foi-lhe ordenado que atravessasse o Mar Cáspio em direção ao Cazaquistão.

De acordo com os dados, os sistemas de navegação GPS do avião ficaram bloqueados durante toda a trajetória de voo sobre o mar.

No ano passado, Putin apresentou um raro pedido de desculpas público a Aliyev por aquilo a que chamou um "incidente trágico", mas não chegou a reconhecer a responsabilidade.

Equipas de salvamento trabalham nos destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines que se encontra no solo perto do aeroporto de Aktau, 25 de dezembro de 2024
Equipas de salvamento trabalham nos destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines que se encontra no solo perto do aeroporto de Aktau, 25 de dezembro de 2024 AP Photo

Aliyev já tinha criticado Moscovo por tentar "abafar" o incidente.

Em julho, Aliyev anunciou que o Azerbaijão se preparava para intentar ações judiciais em tribunais internacionais contra a Rússia a propósito do acidente, afirmando que as circunstâncias por detrás do mesmo eram "claras como o dia".

Aliyev criticou a falta de uma resposta significativa da Rússia ao incidente.

"Sabemos o que aconteceu e podemos prová-lo. E sabemos que as autoridades russas sabem o que aconteceu", afirmou Aliyev em julho.

Outras fontes • AP

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