Manifestação terminou com confrontos entre a polícia e os manifestantes junto ao consulado de Israel na capital catalã. Agentes usaram gás lacrimogéneo e carregaram sobre grupos que lançaram pirotecnia contra o edifício diplomático.
O protesto pró-Palestina da última quarta-feira em Barcelona terminou com confrontos entre a polícia e os manifestantes junto ao consulado de Israel, o ponto final da concentração.
Houve cargas policiais e foi usado gás lacrimogéneo para dispersar os grupos que lançaram pedras e pirotecnia contra o edifício protegido pelos agentes da autoridade. 15 pessoas foram detidas, onze delas menores de idade.
Durante todo o dia já se tinham vivido momentos de tensão em vários locais da capital catalã com uma série de manifestações que contaram com a participação de 15 mil pessoas, segundo a Polícia Municipal, e 50 mil, segundo os organizadores.
Ao final da tarde, os manifestantes tentaram impedir uma equipa de basquetebol israelita de sair do hotel onde estava instalada. Montaram barricadas, queimaram contentores do lixo e atiraram objetos à polícia, havendo ainda registo de atos de vandalismo contra estabelecimentos como restaurantes e lojas.
Os distúrbios coincidiram com o dia de greve convocado pelos principais sindicatos de Espanha em solidariedade com a Palestina. Os manifestantes que incluíam trabalhadores e estudantes criticaram o que disseram ser o "genocídio" do Estado hebraico contra o povo palestiniano e pediram ainda um boicote às empresas israelitas.
«Israel assassina, Europa patrocina» foi um dos cânticos mais entoados pelos participantes, que, em vários cartazes, também expressaram desconfiança em relação ao acordo de paz promovido pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.
Os sindicatos espanhóis insistem que é necessário aumentar a pressão sobre Israel para que seja encontrada uma solução de dois Estados.