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Detidos por crimes sexuais nos primeiros dez meses de 2025 já superam o total de 2024

As mulheres continuam a ser as principais vítimas de crimes sexuais
As mulheres continuam a ser as principais vítimas de crimes sexuais Direitos de autor  Shutterstock. Tinnacorn Jorruang
Direitos de autor Shutterstock. Tinnacorn Jorruang
De Ema Gil Pires
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O anúncio foi feito, esta terça-feira, pelo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, durante a sessão de abertura da conferência "Crimes Sexuais: Construir a Mudança".

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, até ao final de outubro, 269 suspeitos de crimes sexuais, informou o diretor nacional da autoridade, Luís Neves, esta terça-feira, segundo reporta a agência Lusa. Trata-se de um valor que supera o registado durante a globalidade do ano de 2024.

Entre o leque de crimes em causa, destacam-se, segundo o responsável da autoridade judiciária, os de coação sexual, violação, abuso sexual de menores, abuso sexual de menores dependentes, atos sexuais com adolescentes e pornografia infantil.

Os dados foram avançados por Luís Neves durante a sessão de abertura da conferência "Crimes Sexuais: Construir a Mudança", no Edifício Sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, que se insere nas comemorações do 80.º aniversário desta autoridade.

De acordo com a Lusa, o diretor nacional da PJ realçou ainda que, neste contexto, se registou uma subida do número de ativações dos serviços de prevenção da Diretoria do Norte e de Lisboa: nos primeiros 10 meses de 2025, tinham já sido contabilizadas 86 e 594 situações desta natureza, respetivamente, face às 89 e 608 registadas em todo o ano de 2024 nas duas regiões.

Luís Neves considerou que estes números são "absolutamente impressionantes" e representam, além do mais, "uma efetiva capacidade de prevenção e repressão criminal", tendo sublinhado ainda a centralidade da colaboração entre as várias forças de segurança, e também com outras instituições, no combate a estes crimes.

A conferência desta terça-feira pretendia, segundo informou a polícia em nota publicada no seu site, "promover uma análise rigorosa e integrada da criminalidade sexual em Portugal", ao destacar "os novos desafios relacionados com a prevenção, investigação, recolha de prova e resposta do sistema de justiça". Mas também "fomentar a articulação interinstitucional entre os diversos intervenientes envolvidos".

O evento foi agendado para o dia 18 de novembro, por se assinalar, nesta data, o Dia Europeu da Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual.

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