O Presidente da Bielorrússia perdoa 31 ucranianos "a fim de criar condições para a resolução do conflito armado no Estado vizinho".
O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, perdoou 31 cidadãos da Ucrânia. O facto foi comunicado pela sua secretária de imprensa, Natalia Eismont, segundo a qual o perdão foi concedido a pedido da parte ucraniana, a fim de criar condições para a resolução do conflito armado e no seguimento dos acordos alcançados entre Lukashenko e o Presidente dos EUA, Donald Trump.
"Na sequência dos acordos alcançados entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o Presidente da República da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, a pedido da parte ucraniana, a fim de criar condições para a resolução do conflito armado no Estado vizinho, guiado pelos princípios do humanismo e como um gesto de boa vontade, o presidente perdoou 31 cidadãos ucranianos que cometeram infrações penais no território do nosso país", disse Eismont.
Ao meio-dia, teve lugar a sua entrega à parte ucraniana".
A sede da coordenação ucraniana para o tratamento dos prisioneiros de guerra confirmou que todos os ucranianos libertados já tinham regressado a casa.
"Hoje teve lugar um evento sobre o regresso de civis entre a Ucrânia e a Bielorrússia", afirmou a organização num comunicado. - Como resultado de negociações bem-sucedidas com a parte bielorrussa, a sede de coordenação para o tratamento de prisioneiros de guerra, em nome do Presidente da Ucrânia, conseguiu devolver à Ucrânia 31 cidadãos detidos no território da República da Bielorrússia".
O relatório refere que os homens e as mulheres detidos na Bielorrússia foram condenados a penas de prisão de 2 a 11 anos. O mais novo tem 18 anos, enquanto o mais velho tem 58. Entre os libertados contam-se pessoas com doenças graves, nomeadamente oncológicas.
"Expressamos a nossa gratidão aos Estados Unidos da América e ao presidente Donald Trump pelo trabalho frutífero no retorno de ucranianos civis e militares do território da Bielorrússia e da Rússia", disse a sede em um comunicado.
No início desta semana, Lukashenko perdoou dois padres católicos, Henryk Okolotovich e Andrei Yukhnevich, a pedido do Papa Leão XIV. Okolotovich foi considerado culpado de "alta traição" no final de 2024 e condenado a 11 anos de prisão. Yukhnevich foi condenado a 13 anos de prisão em maio de 2024, tendo a apreciação do seu caso decorrido em regime fechado.
O serviço de imprensa do Presidente da Bielorrússia explicou esta medida pelo "estado de saúde do condenado, bem como pela necessidade de desenvolver as relações entre a Bielorrússia e a Santa Sé".
Nos últimos meses, após a ativação dos contactos entre Minsk e a administração do presidente americano, dezenas de presos políticos foram libertados das prisões bielorrussas, tendo quase todos sido deportados do país.