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Europa acusa Putin de fingir interesse na paz após conversações da Ucrânia com enviados dos EUA

Europa acusa Putin de fingir interesse na paz após conversações da Ucrânia com enviados dos EUA
Europa acusa Putin de fingir interesse na paz após conversações da Ucrânia com enviados dos EUA Direitos de autor  (AP Fotoğrafı/Virginia Mayo) Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved.
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De Jerry Fisayo-Bambi com AP
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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, instou Putin a "parar de desperdiçar o tempo do mundo", enquanto a ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, pediu ao líder russo que "acabasse com as ameaças e o derramamento de sangue".

A Ucrânia e os seus aliados europeus acusaram, na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, de fingir interesse nos esforços de paz, depois de cinco horas de negociações com enviados dos EUA no Kremlin não terem produzido nenhum avanço ou entendimento.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, instou Putin a "parar de desperdiçar o tempo do mundo", enquanto a ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Yvette Cooper, apelou ao líder russo para "acabar com as ameaças e o derramamento de sangue e estar pronto para se sentar à mesa e apoiar uma paz justa e duradoura".

As declarações foram proferidas no momento em que os ministros das Relações Exteriores dos países europeus da NATO mostraram pouca paciência com Moscovo na reunião realizada em Bruxelas na quarta-feira, na sequência do resultado das negociações do Kremlin com o enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, e o genro de Trump, Jared Kushner.

"O que vemos é que Putin não mudou de rumo. Ele está a pressionar de forma mais agressiva no campo de batalha", considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna. "É bastante óbvio que ele não quer qualquer tipo de paz."

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Elina Valtonen, fez a mesma observação. "Até agora, não vimos quaisquer concessões da parte do agressor, que é a Rússia, e penso que a melhor medida para reforçar a confiança seria começar com um cessar-fogo total", afirmou.

Os comentários refletiram as altas tensões e a distância entre a Rússia, de um lado, e a Ucrânia e os seus aliados europeus, que Putin acusou, na terça-feira, de sabotarem os esforços de paz liderados pelos EUA, com a advertência de que, se provocada, a Rússia estaria pronta para uma guerra com a Europa.

De acordo com o conselheiro de Relações Exteriores de Putin, Yuri Ushakov, as conversações de terça-feira no Kremlin entre Putin e Steve Witkoff e Jared Kushner foram "positivas", embora não tenha divulgado quaisquer detalhes.

Enviados dos EUA vão reunir-se com as autoridades ucranianas

Na quarta-feira à noite, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou: "O mundo sente claramente que existe a possibilidade de se acabar com a guerra."

Em declarações proferidas no seu discurso noturno publicado no Telegram, Zelenskyy disse que o esforço depende de uma "diplomacia construtiva e de pressão sobre o agressor. Ambos os componentes trabalham em prol da paz".

Os seus comentários surgem antes da reunião dos enviados de Trump, Witkoff e Kushner, com o principal negociador da Ucrânia, Rustem Umerov, na quinta-feira, em Miami.

De acordo com o presidente dos EUA, Donald Trump, Witkoff e Kushner saíram da sua maratona de reuniões com Putin confiantes de que ele quer encontrar uma solução para a guerra. "A impressão deles, de que ele gostaria de chegar a um acordo, era muito forte", afirmou Trump.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Johann Wadephul, à direita, conversa com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, durante uma reunião do Conselho do Atlântico
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Johann Wadephul, à direita, conversa com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, durante uma reunião do Conselho do Atlântico Geert Vanden Wijngaert/AP

Europeus intensificam assistência à Ucrânia

Entretanto, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou que os parceiros da Ucrânia continuarão a fornecer ajuda militar para garantir que a pressão sobre Moscovo seja mantida.

"As negociações de paz estão em curso. Isso é bom", referiu Rutte.

"Mas, ao mesmo tempo, temos de garantir que, enquanto elas decorrem e não sabemos quando terminarão, a Ucrânia esteja na posição mais forte possível para continuar a luta, para ripostar contra os russos", afirmou.

O Canadá, a Alemanha, a Polónia e os Países Baixos anunciaram que irão gastar, em conjunto, centenas de milhões de dólares adicionais na compra de armas norte-americanas para doar à Ucrânia.

Desde o início da invasão total em 2022, os governos europeus, juntamente com os EUA, gastaram milhares de milhões de dólares para apoiar Kiev financeira e militarmente.

Sob a liderança de Trump, no entanto, os EUA moderaram o seu apoio — e, em vez disso, pressionaram para acabar com a guerra.

Ao contrário da administração Biden, o executivo de Trump não aprovou cedências de armas à Ucrânia. Em vez disso, vendeu-as diretamente a Kiev ou aos aliados da NATO, para que fossem entregues posteriormente à Ucrânia.

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