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EUA atacam mais barcos de narcotráfico e fazem oito mortos no Pacífico

Donald Trump na Casa Branca, em 15 de dezembro de 2025.
Donald Trump na Casa Branca, em 15 de dezembro de 2025. Direitos de autor  Alex Brandon/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Alex Brandon/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
De Maria Muñoz Morillo
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Os militares norte-americanos atacaram três navios no Pacífico oriental por alegado tráfico de droga, causando oito mortes, num contexto de crescente escrutínio pelo Congresso das ações da administração Trump. Entretanto, Trump declarou o fentanil uma "arma de destruição maciça".

As Forças Armadas dos Estados Unidos confirmaram um novo ataque a três embarcações acusadas de tráfico de droga no leste doOceano Pacífico, matando um total de oito pessoas, num momento em que aumenta o escrutínio dos ataques pelo Congresso.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, os militares afirmaram que os ataques visavam "organizações terroristas designadas" e que três pessoas foram mortas no primeiro barco, duas no segundo e três no terceiro. Não forneceram provas do alegado tráfico de droga, mas divulgaram um vídeo que mostra um barco a deslocar-se na água antes de explodir.

Donald Trump justificou os ataques como uma escalada necessária para travar o fluxo de droga para os EUA e afirmou que o país está envolvido num "conflito armado" com os cartéis de droga.

No entanto, a administração Trump enfrenta um escrutínio crescente dos legisladores sobre a campanha de ataques a barcos, que matou pelo menos 95 pessoas em 25 ataques conhecidos desde o início de setembro, incluindo um ataque subsequente que matou dois sobreviventes que se agarravam aos destroços de um barco após o primeiro ataque.

Os últimos ataques ocorrem na véspera de uma reunião no Capitólio para todos os membros do Congresso, numa altura em que se multiplicam as perguntas sobre a campanha militar da administração Trump.

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, o secretário de Estado, Marco Rubio, e outros altos funcionários da segurança nacional deverão dar informações à porta fechada aos legisladores da Câmara e do Senado.

A campanha aumentou a pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro, que foi acusado nos EUA de narcoterrorismo. Na semana passada, numa escalada acentuada, as forças norte-americanas apreenderam um petroleiro sancionado que a administração Trump acusa de contrabandear crude ilícito. Maduro tem insistido que o verdadeiro objetivo das operações militares dos EUA é forçá-lo a abandonar o poder.

As forças armadas dos EUA reforçaram o seu maior destacamento na região em décadas e lançaram uma série de ataques mortais contra navios suspeitos de tráfico de droga no Mar das Caraíbas e no leste do Oceano Pacífico. Trump diz que em breve haverá ataques terrestres, embora não tenha dado pormenores sobre a sua localização.

Entretanto, Donald Trump decretou que o fentanil é uma "arma de destruição maciça".

Maduro diz que alguns "loucos" querem guerra

Até ao momento, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, não comentou este último acontecimento. Na segunda-feira, declarou estar confiante de que os americanos "amarrarão as mãos" dos "loucos" que querem "uma guerra".

O líder chavista vê os ataques dos EUA nas águas das Caraíbas e do Pacífico como uma "ameaça" e uma tentativa de mudança de regime. "Sei que o povo dos Estados Unidos vai atar as mãos dos loucos bélicos (sic) que querem impor uma guerra pelo petróleo na América do Sul", declarou no seu programa semanal "Con Maduro +", transmitido pela televisão venezuelana.

Outras fontes • AP, RTVE

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