Primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, reiterou que o executivo está aberto ao diálogo, mas que não cederá a exigências maximalistas
O braço-de-ferro entre os agricultores gregos e o governo grego não só continua como se agrava. Enquanto o executivo diz que está aberto ao diálogo e já anunciou alguns apoios, os agricultores deixam claro que essas medidas são insuficientes e que não há condições para o diálogo.
É por isso que estão a intensificar as suas mobilizações, passando a bloquear as estradas secundárias, exigindo uma solução imediata para os seus problemas.
No entanto, o primeiro-ministro grego deixou claro que não irá avançar com medidas que estejam fora do quadro europeu.
"O governo continua aberto ao diálogo. Dizemos 'sim' ao diálogo, mas dizemos 'não' - de todas as formas e em todos os tons - ao sofrimento desnecessário da sociedade e ao impacto que um eventual bloqueio prolongado terá no funcionamento da economia", afirmou Kyriakos Mitsotakis.
"O Natal está a chegar, penso que todos percebem que as pessoas querem deslocar-se, algumas pessoas querem regressar às suas aldeias, os destinos de inverno querem funcionar. E penso que isso é algo que toda a gente vai levar muito, muito a sério", acrescentou.
Não ao "maximalismo"
O líder do executivo grego salienta que foi dada resposta a "muitas das exigências legítimas", deixando, porém, um aviso.
"Obviamente, não vamos ceder a qualquer tipo de maximalismo que nos tire do quadro europeu, que está muito bem definido, e que, em última análise, nos conduza a soluções que não possam ser aceites nem pelo governo nem pela Europa", disse Kyriakos Mitsotakis após o primeiro dia da cimeira do Conselho Europeu em Bruxelas.
Os agricultores planeiam desobstruir as estradas e as portagens durante as férias de Natal, para que a população possa viajar para as zonas onde vai passar a quadra natalícia. Ao mesmo tempo, deixam claro que, passado este período, os bloqueios vão continuar até que se obtenham respostas claras do governo.