A seguradora britânica Aviva está a ser abalada pela primavera dos acionistas.
Andrew Moss, o diretor-geral desde 2007, renunciou ao cargo. Na assembleia geral de 3 de maio, mais de metade dos acionistas consideraram o salário de Moss excessivo, em relação à performance do grupo.
Em 5 anos, o vencimento base anual aumentou 19%, ao mesmo tempo que o valor de mercado da Aviva afundava mais de 60%. Os dividendos pagos aos acionistas também baixaram.
Os acionistas culpam Andrew Moss por erros de estratégia, nomeadamente a concentração sobre a Europa desde 2009, quando se avizinhava a crise das dívidas soberanas.
Resultado: o preço por ação da Aviva perdeu mais de 7% nos últimos três anos. A Prudential, seguradora líder britânica, que apostou na Ásia, viu o preço por ação disparar 63% durante este período.
A demissão de Andrew Moss foi recebida com alívio em Londres. O preço por ação da Aviva ganhou até 5 % na sessão para fechar com uma alta de 0.2%.
Com a crise económica como pano de fundo, são cada vez mais os acionistas, na Europa e nos Estados Unidos, a denunciar os salários excessivos dos dirigentes enquanto os dividendos estagnam. Só este ano já levaram à saída de três diretores-gerais pagos a peso de ouro.