O futuro da assistência financeira à Grécia está em cima da mesa no encontro do Eurogrupo em Bruxelas. Polémicas à parte, antes do início da reunião, o ministro grego das Finanças mostrou-se confiante num acordo com os parceiros da zona euro.
“Não tenho dúvidas de que será um debate muito cordial e, esperemos, como fumo branco no final”, disse Yanis Varoufakis.
O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, que se manifestou contra a proposta grega para extensão dos créditos de ajuda ao país, lembrou que em causa está o futuro da Europa: “Não se trata de um país apenas, trata-se da Europa. Da possibilidade de confiarmos uns nos outros e de fortalecer a confiança dos cidadãos em todos os países europeus em benefício do progresso da integração europeia.”
Questionado sobre uma eventual saída da Grécia o ministro francês das Finanças, Michel Sapin, respondeu com moderação: “Não é uma opção. A única opção é trabalhar e é isso que faremos, para que a Grécia esteja na zona euro, se sinta bem, e o conjunto da zona euro também.”
Na mesma linha, o presidente do Eurogrupo optou pela parcimónia das palavras. Lembrou que este é um assunto delicado e que o importante é criar as bases de um consenso alargado. Seja como for, Jeoren Dijsselbloem não escondeu a expetativa de um acordo sobre a questão grega: “Será trabalhoso, mas ainda existem razões para algum otimismo. É muito difícil como se percebe. Por isso, vou regressar ao trabalho e espero poder anunciar o resultado dentro de algumas horas.”
O atual programa de resgate grego termina a 28 de fevereiro.
Efi Koutsokosta, Euronews: “A reunião vai ser longa mas de acordo com fontes oficiais há poucas possibilidades de se chegar a um acordo na noite desta sexta-feira. A confirmar-se, o cenário de uma cimeira da zona euro não está excluído.”