O Presidente executivo da distribuidora de gás italiana Snam defende a criação de uma união energética na Europa
O Governo italiano foi um dos primeiros a reagir à explosão na refinaria no leste da Áustria. Horas depois do incidente, Roma declarava o estado de emergência e o nervosismo dos mercados era evidente.
A Euronews falou com Marco Alverà, Presidente executivo da distribuidora de gás italiana Snam sobre os stocks de gás para fazer face a uma eventual crise.
Marco Alverà: "Num dia muito frio como o de ontem sem o gás russo, que é o principal fornecedor, e se não se quiser tocar na procura e mantê-la ao nível máximo, é possível aguentar cerca de uma semana."
Para minimizar os riscos, o Presidente executivo da distribuidora defende criação de uma união energética na Europa.
Alverà: "Os governos devem preocupar-se com o preço a retalho porque, eventualmente, o pico desse preço vai ser pago pelos consumidores. O melhor que os governos da Europa podem fazer é criar uma união energética que ajude à solidariedade mas, também, pelos preços e pelas reservas. Porque se houver reservas pode-se comprar gás natural liquefeito barato no verão e produzi-lo no inverno."
O incidente na refinaria austríaca a agitou os mercados. Em Itália, o preço do gás aumentou 97%. Uma tendência registada, também, no Reino Unido onde o preço do gás para entrega imediata atingiu o nível mais alto dos últimos quatro anos.