Três jovens estudantes de Ciência Política da Universidade de Estrasburgo reagem ao discurso de Emmanuel Macron sobre o futuro da Europa.
Estudar Ciência Política em Estrasburgo, a cidade francesa que acolhe sessões plenárias do Parlamento Europeu uma vez por mês, é como ter um laboratório onde se podem testar os conhecimentos adquiridos nas salas de aula. É este o caso em particular quando os chefes de estado e governo aqui se deslocam para discursarem sobre o futuro do projeto europeu. Em abril foi a vez do presidente francês, Emmanuel Macron, um dos maiores apoiantes de mais integração na União Europeia.
Colocámos 3 questões a 3 estudantes e aqui estão as respostas.
1 - Como é que podemos reformar a UE de forma a que se adapte aos desafios correntes e futuros?
Resposta de Charles Testard, estudante de Ciência Política na Universidade de Estrasburgo.
"O que podemos esperar do presidente da república francesa é que diga não, parem de dizer que a Europa de 2018 não funciona e não é perfeita, ela pode ser aperfeiçoada mas vocês, os jovens franceses que são os herdeiros diretos da construção europeia, mobilizai-vos."
2- Será Macron, um dos mais jovens chefes de estado europeus no poder, a pessoa certa para liderar este caminho de reforma?
"Penso que Macron é uma voz, uma boa voz que muita gente não quer ouvir, na medida em que ele é igualmente contestado em França, mas à qual é preciso também juntar outras vozes", diz Arnaud de Vibraye, estudante de Ciência Política na Universidade de Estrasburgo;
3- Como é que podemos atrair jovens para o projeto europeu, especialmente quando há eleições europeias em 2019?
Edouard Bailhache, estudante de Ciência Política na Universidade de Estrasburgo;
"Se recorrermos ao exemplo do Brexit vemos que a geração que vota mais pela Europa é a geração dos jovens. Por isso, é claro que o projeto europeu não seduz mais as pessoas porque é necessário explicá-lo melhor... Mas vemos que as sementes estão lá e amanhã, essa geração vai também dar o gosto da Europa às gerações que se seguirão".
Mais Europa ou menos Europa, esta é a grande questão. Para Emmanuel Macron, o futuro do continente passa por maior integração.