A Comissão Europeia aceitou as alterações propostas por Itália.
Roma e Bruxelas colocaram fim ao longo impasse sobre o orçamento italiano para 2019. A Comissão Europeia aceitou as alterações propostas por Itália. O acordo foi alcançado na véspera do fim do prazo dado pela Comissão antes de avançar com um "procedimento por défice excessivo".
"Sejamos claros, a solução não é a ideal, mas evita a abertura do procedimento por défice excessivo nesta fase e corrige a situação de grave incumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento", disse o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis
Da meta de 2,4% de Roma e do limite de 1,8% de Bruxelas, as partes concordaram em 2,04%. O valor das concessões de Itália representa um pouco mais de € 10 mil milhões.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que o acordo foi uma vitória para os dois lados e o governo está determinado em relação aos seus compromissos. "Queremos reverter as políticas de austeridade que exacerbaram a crise económica e causaram o esgotamento dos rendimentos, a redução do consumo e o empobrecimento de grandes setores da população".
O governo também concordou em reduzir a previsão de crescimento de 1,5% para 1%. Mesmo com um acordo com Bruxelas, as perspetivas económicas de Itália ainda são uma fonte de preocupação para os investidores, principalmente quando se trata da dívida do país - a segunda maior da UE.