O país que assume a presidência rotativa da União Europeia escolhe o seu próprio presidente: a segunda volta das eleições na Croácia é este domingo.
Um aperto de mãos para abrir hostilidades no último debate televisivo antes das eleições presidenciais na Croácia, este domingo. A atual chefe de Estado, a conservadora Kolinda Grabar Kitarovic, chegou à segunda volta do escrutínio a enfrentar críticas por alegadas afinidades com a extrema-direita.
O antigo primeiro-ministro, o social-democrata Zoran Milanovic, reúne as hostes liberais e afirma pretender libertar o país do jugo dos conservadores que o dominam desde a independência em 1991.
A Croácia assume a presidência rotativa da União Europeia nos próximos seis meses, a primeira vez desde a adesão em 2013. Mas não esconde que há muito por arrumar internamente. Trata-se do país com a maior fronteira externa terrestre do bloco europeu, com a Sérvia, Bósnia e Montenegro. Está, por isso, na linha da frente dos fluxos migratórios.
Ao mesmo tempo, após a adesão, mais de 15% da população ativa emigrou para outros países europeus, delapidando o capital humano num país altamente dependente do turismo e com pouco mais de 4 milhões de habitantes. No horizonte estão dois propósitos: mudar a moeda para o euro e integrar o espaço Schengen, o que já foi validado pela Comissão Europeia.