Em Portugal a queda foi de 42% mas os números de agosto sugerem uma recuperação do setor
A indústria automóvel tem tido um ano para esquecer mas os números do verão, divulgados pela Associação Europeia de Construtores Automóveis, sugerem que o pior já passou e apontam para uma lenta recuperação do setor. Os registos de novas matrículas na Europa voltaram a baixar relativamente ao ano anterior, menos 5,7% em julho e menos 18,9% em agosto, mas a queda foi bem mais suave do que a verificada no auge da pandemia, quando a quebra chegou a ser superior a 75%.
A hecatombe reflete-se no total dos primeiros oito meses do ano. São menos dois milhões e novecentos mil novos automóveis nas estradas europeias relativamente a 2019, uma descida de 32% a que não é seguramente alheia a forte redução na venda de novos veículos verificada nos maiores mercados. Entre os gigantes da economia europeia, só a Alemanha conseguiu fazer melhor que a média do Velho Continente.
Em Portugal, a quebra acumulada entre janeiro e agosto foi na ordem dos 42%, só a Croácia fez pior (47,4%), mas a variação no mês de agosto foi de apenas 0,1%.