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Suíça: Gunvor desiste de comprar ativos da Lukoil após resistência dos EUA

Passa uma pessoa junto ao edifício da sede da Lukoil, em Sofia, Bulgária. 28 out. 2025
Transeunte caminha junto ao edifício da sede da Lukoil em Sófia, Bulgária. 28 out. 2025. Direitos de autor  AP/Valentina Petrova
Direitos de autor AP/Valentina Petrova
De AP with Eleanor Butler
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“Enquanto Putin mantiver mortes sem sentido, a Gunvor, fantoche do Kremlin, nunca terá licença para operar e lucrar”, afirmou o Tesouro dos EUA numa publicação no X, na quinta-feira

Uma das principais empresas internacionais de comércio de matérias-primas desistiu de comprar os ativos internacionais da petrolífera russa Lukoil, ao rejeitar alegações do governo dos EUA de ser “marioneta do Kremlin”.

A empresa de comércio de matérias-primas Gunvor, cujo principal escritório de negociação fica em Genebra, anunciou na rede social X que retira a proposta para adquirir os ativos da Lukoil, negócio que a empresa russa anunciou na semana passada.

A Lukoil disse que concordou com o negócio, sujeito a algumas condições, incluindo autorização do Gabinete de Controlo de Bens Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA, o OFAC. Os termos do acordo não foram especificados.

Na mesma plataforma social, já na noite de quinta-feira, o Departamento do Tesouro aludiu à decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de enviar tropas para invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022 e aos esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim à guerra, que causou centenas de milhares de mortos e feridos.

“O presidente Trump tem sido claro: a guerra tem de terminar imediatamente”, dizia a publicação do departamento na X. “Enquanto Putin continuar com mortes sem sentido, a marioneta do Kremlin, a Gunvor, nunca obterá uma licença para operar e lucrar.”

A Gunvor, numa publicação pouco depois, afirmou que a declaração do Tesouro sobre a empresa era “fundamentalmente desinformada e falsa”.

“A Gunvor é e sempre foi aberta e transparente quanto à sua propriedade e atividade e, há mais de uma década, afastou-se ativamente da Rússia, deixou de negociar em conformidade com as sanções, alienou ativos russos e condenou publicamente a guerra na Ucrânia”, referia a mensagem.

“Acolhemos a oportunidade de garantir que este claro mal-entendido é corrigido. Entretanto, a Gunvor retira a proposta pelos ativos internacionais da Lukoil”, acrescentou.

A Gunvor foi fundada pelo magnata sueco do petróleo Torbjörn Törnqvist, presidente da empresa, e por Gennady Timchenko, oligarca próximo de Putin. A sede fica em Nicósia, Chipre.

A empresa diz que Timchenko já não está ligado à Gunvor e que as suas ações, em antecipação de “sanções económicas potenciais”, foram vendidas a Törnqvist em março de 2014, quando a Rússia avançava para anexar a península da Crimeia, então parte da Ucrânia.

A Lukoil tinha dito que estava a vender os ativos internacionais em resposta às sanções dos EUA, que visam pressionar a Rússia a aceitar um cessar-fogo na sua guerra contra a Ucrânia.

A empresa detém participações em projetos de petróleo e gás em 11 países, refinarias na Bulgária e na Roménia, e uma participação de 45% numa refinaria nos Países Baixos, além de postos de combustível em vários países.

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