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FlyDubai amplia frota além da Boeing com grande encomenda à Airbus

Christian Scherer, CEO da divisão de aviões comerciais da Airbus, e xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum, CEO da Emirates e presidente da FlyDubai, no Dubai Airshow 18 nov. 2025
Christian Scherer, CEO da divisão comercial da Airbus, e xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum, CEO da Emirates e presidente da FlyDubai, no Dubai Airshow. 18 nov. 2025 Direitos de autor  AP/Altaf Qadri
Direitos de autor AP/Altaf Qadri
De AP with Eleanor Butler
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Airbus garantiu o acordo no segundo dia do Dubai Airshow, após a Boeing liderar as encomendas na segunda-feira

FlyDubai, companhia irmã de baixo custo da Emirates, anunciou na terça-feira uma encomenda de 150 Airbus A321neo no Salão Aeronáutico do Dubai.

A compra, estimada em cerca de 24 mil milhões de dólares (20,71 mil milhões de euros), leva a companhia, pela primeira vez, a expandir a frota para além da Boeing. A operação mais do que duplica a atual frota da FlyDubai, e a transportadora acrescentou que tem opções para adquirir mais 100 A321neo.

A decisão surge numa altura em que o Dubai se prepara para crescer com a Emirates e a FlyDubai, planeando um aeroporto com cinco pistas nos Emirados Árabes Unidos.

A321neo é um avião de médio curso, bimotor e de corredor único, semelhante aos Boeing 737 em que a FlyDubai tem confiado desde que iniciou operações em 2009. A companhia tem atualmente 95 aviões.

Airbus e FlyDubai recusaram responder a perguntas dos jornalistas no anúncio e não esclareceram se se tratava de uma encomenda “firme”. Ambas as empresas referiram a encomenda como um “memorando de entendimento”.

“É um passo entusiasmante para ampliar e diversificar a frota e reforçar os nossos planos de expansão a longo prazo”, disse o xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum, presidente e presidente executivo da Emirates e presidente da FlyDubai.

A Airbus também elogiou a FlyDubai no anúncio.

“Estamos muito impressionados com a FlyDubai, uma transportadora focada na eficiência que também oferece um produto premium”, disse Christian Scherer, presidente da divisão de aeronaves comerciais da Airbus.

No último Salão Aeronáutico do Dubai, em 2023, a FlyDubai encomendou 30 Boeing 787-9 Dreamliner por 11 mil milhões de dólares (9,49 mil milhões de euros), que serão os primeiros aviões de fuselagem larga da sua frota quando forem entregues.

Abu Dhabi: Etihad também encomenda aviões à Airbus

Também na terça-feira, a Etihad fez uma encomenda de 16 aviões Airbus, no âmbito dos esforços de expansão à medida que a sua situação financeira melhora.

A encomenda inclui seis A330-900, sete A350-1000 e três cargueiros A350F, disseram as duas empresas numa conferência de imprensa. Não divulgaram o valor do negócio. As companhias aéreas costumam negociar preços mais baixos em grandes encomendas.

A Etihad registou um lucro recorde de 476 milhões de dólares (410,71 milhões de euros) em 2024, parte da recuperação financeira da companhia sediada em Abu Dhabi. Embora ainda distante dos 5,2 mil milhões de dólares (4,49 mil milhões de euros) registados pela rival Emirates no último exercício, confirma uma recuperação significativa da Etihad.

Os dirigentes de Abu Dhabi lançaram a Etihad em 2003, rivalizando com a Emirates, a transportadora estatal do Dubai, que dispõe de uma frota maior e de uma rede mais extensa.

A Etihad teve dificuldades com o seu plano de negócios e aplicou medidas de redução de custos ainda antes da pandemia de coronavírus. Desde 2016, perdeu cerca de 6 mil milhões de dólares (5,18 mil milhões de euros), após ter comprado de forma agressiva participações em companhias aéreas da Europa à Ásia para concorrer com a Emirates e a Qatar Airways.

Emirates aposta no Boeing 777-9

Na segunda-feira, a Emirates encomendou 65 dos futuros 777-9 da Boeing, num valor de catálogo de 38 mil milhões de dólares (32,79 mil milhões de euros).

Tim Clark, presidente da Emirates, voltou a reconhecer na terça-feira, perante jornalistas, os atrasos que têm afetado a Boeing na entrega do 777-9. Ainda assim, disse acreditar que a grande compra da Emirates poderá levar até a Casa Branca de Donald Trump a pressionar o fabricante a concluir o avião.

“Estou certo de que a Casa Branca vai pressionar a Boeing para garantir que tudo funcione e que os aparelhos saiam das linhas o mais rápido possível, porque isso significa emprego para todos”, disse Clark. “Em particular, o 9X será construído em Seattle, pelo que essa força de trabalho do noroeste fica praticamente assegurada por décadas.”

A Boeing enfrentou perdas de milhares de milhões nos últimos anos, bem como uma desaceleração da produção após a pandemia de coronavírus. A isto somaram-se greves de trabalhadores e um maior escrutínio governamental na sequência de dois acidentes com Boeing 737 MAX, na Indonésia em 2018 e na Etiópia em 2019. Um Boeing 787-8 de passageiros caiu na Índia em junho, causando pelo menos 260 mortos.

No anúncio de segunda-feira da Emirates, o xeque Ahmed disse que a companhia espera começar a receber os 777-9 da Boeing no “segundo trimestre de 2027”. Questionado se acreditava que a Boeing cumpriria esse prazo, Clark respondeu: “Veremos.” Clark tem sido repetidamente crítico dos atrasos da Boeing.

Clark reconheceu ainda que a Emirates e a FlyDubai poderão expandir rapidamente as rotas com os novos aviões assim que o emirado ampliar de forma drástica o Aeroporto Internacional Al Maktoum, no Dubai World Central, onde decorre o salão.

Dubai planeia um projeto de 35 mil milhões de dólares (30,19 mil milhões de euros) para chegar a cinco pistas paralelas e 400 portas de embarque, com conclusão na próxima década.

“Conseguiremos chegar a qualquer ponto do planeta”, disse Clark.

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