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Receios de tarifas e possível remodelação na Fed impulsionam rali recorde da prata

ARQUIVO - Vendedora, à direita, mostra uma moeda de prata a um cliente no Dhanteras, dia auspicioso para comprar ouro, prata e utensílios. Outubro de 2025
Arquivo - Uma vendedora, à direita, mostra uma moeda de prata a um cliente no Dhanteras, dia auspicioso para comprar ouro, prata e utensílios. Outubro de 2025 Direitos de autor  Anupam Nath/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Anupam Nath/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
De Una Hajdari
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Preço da prata duplicou este ano, acima de 60 dólares por onça, devido a um défice de oferta, incerteza tarifária e expectativas de cortes nas taxas de juro da Fed

Preços da prata continuaram a subir esta quarta-feira, a rondar os 62 dólares por onça, depois de terem sido negociados perto de 50 dólares no final de novembro. É um salto significativo face ao preço médio de cerca de 30 dólares no início do ano.

A subida segue-se a notícias de que a administração dos EUA está a entrevistar os últimos candidatos para substituir o atual presidente da Reserva Federal, Jerome Powell. Os investidores esperam também que a Fed corte a sua taxa diretora após a reunião desta quarta-feira.

Os três principais candidatos à presidência, em particular o alegado favorito Kevin Hassett, diretor do Conselho Económico Nacional de Donald Trump, deverão adotar cortes de juros mais agressivos, enquanto Powell tem conduzido um ritmo de flexibilização mais lento.

Desde janeiro, a Reserva Federal sob Powell cortou as taxas em dois incrementos de um quarto de ponto percentual, um em setembro e outro em outubro.

Este afrouxamento constante tem reduzido os rendimentos dos ativos que pagam juros, aumentando a atratividade da prata como alternativa de investimento.

A prata, como o ouro, não paga juros nem dividendos, pelo que tende a perder atratividade quando as taxas de juro nos EUA são elevadas e os investidores conseguem rendimentos mais atrativos em liquidez e obrigações.

O valor do metal quase duplicou este ano, superando mesmo a subida de 60% do ouro, que levou o metal precioso a máximos históricos.

Ao mesmo tempo, os operadores procuram clareza sobre se os EUA irão impor tarifas à prata.

No início de novembro, o governo dos EUA acrescentou o metal à Lista de Minerais Críticos de 2025, uma designação normalmente reservada a materiais considerados estrategicamente importantes para a economia e a segurança nacional.

Esse novo estatuto coloca também a prata no âmbito de possíveis investigações ao abrigo da Section 232, a mesma ferramenta jurídica usada anteriormente para justificar tarifas sobre o aço e o alumínio.

As investigações da Section 232 permitem ao governo dos EUA aplicar tarifas, quotas de importação ou outros limites a produtos que se considera criarem uma dependência excessiva de fontes fora do país, prejudicando a segurança nacional.

Para já, não foi lançada qualquer investigação e não foram anunciadas tarifas. Mesmo assim, a mera possibilidade é suficiente para deixar os operadores nervosos, já que eventuais direitos sobre a prata importada podem perturbar os fluxos comerciais e aumentar os custos para os fabricantes. Essas expectativas levaram a uma maior constituição de stocks de prata.

O aumento da procura de certos fabricantes está a empurrar os preços ainda mais para cima. A prata é um material-chave na produção de veículos elétricos e painéis solares, e a procura industrial representa mais de metade do consumo total de prata.

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