Winston Churchill desapareceu há meio século. A vida do estadista britânico que bateu o pé ao avanço Nazi na Europa Ocidental e que encarnou o
Winston Churchill desapareceu há meio século. A vida do estadista britânico que bateu o pé ao avanço Nazi na Europa Ocidental e que encarnou o contra-ataque das democracias liberais é agora recordada em três exposições, em Londres, Paris e Nova Iorque. O longo charuto e os discursos inflamados são imagens de marca de um político omnipresente na vida britânica ao longo dos seus 90 anos de vida. Cinco décadas depois da sua morte, Churchill permanece uma referência apesar da forma como se olha para o mito tenha vindo a mudar ao longo dos anos.
Phil Reed, Diretor do Churchill War Rooms:
“- Os factos acerca da vida de Churchill não mudaram, obviamente. Mas sabemos algumas coisas mais em detalhe e à medida que vamos conhecendo mais pormenores ficamos a saber mais sobre o homem e a sua vida, pelo que acabamos por ter uma apreciação diferente da sua pessoa.”
A popularidade de Churchill começou a subir com a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha, em 1933. O político conservador cedo lançou o alerta e vários apelos ao rearmamento. Quando a guerra rebentou em setembro de 1939, o primeiro-ministro Neville Chamberlain nomeou-o Primeiro Lorde do Almirantado. Uma posição que ocupou apenas até 10 de maio de 1940. No dia em que as tropas Nazis invadiram a França e os Países Baixos, Churchill foi apontado para a chefia do governo. A sua têmpera iria mudar o curso da guerra, embora fosse apenas uma pessoa como tantas outras, com as suas forças e as suas fraquezas.
Randolph Churchill, bisneto de Winston Churchill:
“- Churchill não era perfeito. Cometeu alguns erros ao longo do seu percurso. Tinha um caráter bastante humano e era capaz de se relacionar facilmente com um soldado, um cientista ou um trabalhador. Cinquenta anos depois, continua a ter um lugar especial no coração da nação.”
Winston Churchill morreu no dia 24 de janeiro de 1965. 50 anos depois, várias exposições lembram o homem e o estadista. Londres acolhe “Churchill: Science in War and Peace”, Nova Iorque tem patente “Churchill’s Final Journey” e Paris dedica uma mostra, a partir de abril, à relação “Churchill-De Gaule”.