Os grandes nomes da indústria cinematográfica espanhola marcaram presença na 29/a cerimónia dos Goya, em Madrid. O ator, cantor e produtor Antonio
Os grandes nomes da indústria cinematográfica espanhola marcaram presença na 29/a cerimónia dos Goya, em Madrid.
O ator, cantor e produtor Antonio Banderas, 54 anos, foi galardoado com o Goya de Carreira.
Dedicou o prémio à filha Stella del Carmen, a quem pediu perdão pelas ausências prolongadas, mas não esqueceu Almodóvar, com quem trabalhou em vários filmes.
Segundo Banderas, o realizador foi crucial para o seu percurso em Hollywood: “Provavelmente ninguém pode compreender a evolução da minha carreira sem os sete filmes que fiz com Pedro Almodóvar. É um facto. Posso mesmo dizer que lhe devo a minha carreira norte-americana. O respeito com que contava em Holywood ajudaram a que atores como eu, próximos de Almodóvar, fossem reconhecidos nos Estados Unidos”.
Mas o grande vencedor dos prémios do cinema espanhol é “La isla mínima”. O filme, que ainda não teve estreia comercial em Portugal, retraça a investigação ao desaparecimento de várias adolescentes em 1980 no sul de Espanha.
A película estava nomeada para 17 Goya e ganhou dez, incluindo o de melhor ator, melhor filme e melhor realizador, para Alberto Rodriguez: “Tento nunca pensar nas vitórias, por isso, em caso de derrota não pareço estúpido. Mas o que aconteceu, nesta cerimónia, foi inimaginável. Foi o melhor cenário que poderia imaginar. Estou muito feliz”.
“Relatos Salvajes” do realizador argentino Damián Szifrón ganhou o Goya para melhor filme latino-americano.
A coprodução espanhola-argentina é composta por seis histórias independentes sobre as reações extremas que qualquer pessoa pode ter em situações quotidianas.
Produzido pela empresa El Deseo de Almodóvar, o filme é um dos cinco nomeados aos Óscares na categoria de filme estrangeiro.
Damián Szifrón comentou: “Estou muito contente com a nomeação aos Óscares e o facto de ter sido nomeado na categoria filme estrangeiro é já um triunfo. Não quero pensar se vou ganhar ou não. Podemos perder e ficar muito contentes. Já estou contente por participar”.
Duramente atingida pela crise, a indústria cinematográfica espanhola tem verdadeiras razões para festejar. Em 2014, os filmes espanhóis registaram um recorde de receitas e de entradas e atingiram uma quota de mercado de 25,5%.