Pela segunda vez, em toda a história do Festival de Cannes, o filme de abertura é uma obra realizada por uma mulher (“La Tête haute” de Emmanuelle Bercot).
Por um lado, Cannes é o reflexo do mundo do cinema. Obviamente, há um número reduzido de mulheres realizadoras, o que não é bom. Precisamos de ter mais realizadoras, da mesma forma que há muitas escritoras.
A predominância de filmes realizados por homens tem sido alvo de críticas. Este ano, entre as 19 longas-metragens em competição, apenas duas são realizadas por mulheres (as francesas Maïwenn e Valérie Donzelli).
A direção do festival viu mais de 1800 filmes para selecionar os candidatos às várias categorias de prémios.
O diretor do Festival,Thierry Fremaux, defende que é preciso mais mulheres no cinema mas garante que em Cannes não há discriminação.
“Cannes é uma grande democracia. Qualquer pessoa que tenha feito um filme, com uma duração de pelo menos uma hora, mesmo com o smartphone, pode competir em Cannes.Todos os filmes que recebemos são vistos”, sublinhou Thierry Fremaux.
“Gosto e ao mesmo tempo não gosto do debate em torno das realizadoras. Por um lado, Cannes é o reflexo do mundo do cinema. Obviamente, há um número reduzido de mulheres realizadoras, o que não é bom. Precisamos de ter mais realizadoras, da mesma forma que há muitas escritoras”, acrescentou o responsável.