A quinta edição da “Docks Art Fair” transformou a cidade francesa de Lyon numa galeria de arte. Reuniu 20 galerias internacionais que apresentam o trabalho de artistas emergentes. O evento, de quatro dias, pretende destacar o mercado, no Sul de França, e coincidiu com a abertura da Bienal de Lyon.
“Formámos um determinado público porque desdramatizámos a aproximação à arte. Aqui é tudo muito fácil, em pequena escala, as pessoas estão próximas das obras, dos galeristas e dos artistas. até se atrevem a perguntar os preços, numa galeria é muito complicado, as pessoas praticamente não entram e o processo de compra é muito mais difícil,” diz Patricia Houg, a diretora e cofundadora da “Docks Art Fair”.
Sérgio Conçalves vive no Rio de Janeiro e apresenta o trabalho do jovem artista brasileiro Felipe Barbosa. Um trabalho assente em remendos de bolas de futebol – os preços rondam os 14 mil euros.
Juan Cárdenas nasceu na Alemanha e tem uma galeria de arte, juntamente com a mulher, na cidade de Valência, em Espanha. Vende a clientes internacionais e não sente muito os efeitos da situação económica. Mostra o trabalho do artista espanhol Keke Vilabelda que mistura pintura, escultura e fotografia.
O artista brasileiro Harding Meyer, que vive e trabalha em Berlim, também está representado. Os seus retratos a óleo, em grande escala, custam entre 10 e 15 mil euros.
Laurent Godin apresenta o trabalho de Marlène Mocquet – considerada uma estrela em ascensão. Aos 33 anos, a artista francesa já fez exposições individuais em Paris, Lyon, Hong Kong e Nova York.
A edição deste ano tem um novo formato: uma exposição que se estende durante três semanas, patente até 4 de outubro, com uma equipa de profissionais a guiar os visitantes, através de cada apresentação.