Brasileiro Gabriel Mascaro vence prémio de melhor realizador no Festival de Marraquexe

Brasileiro Gabriel Mascaro vence prémio de melhor realizador no Festival de Marraquexe
De  Euronews
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O cineasta brasileiro Gabriel Mascaro venceu o prémio de melhor realizador no Festival Internacional de Cinema de Marraquexe, em Marrocos.

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O cineasta brasileiro Gabriel Mascaro venceu o prémio de melhor realizador no Festival Internacional de Cinema de Marraquexe, em Marrocos. O realizador foi premiado pelo filme “Boi Neon”.

“Quando soube que o meu filme tinha sido selecionado, achei que era fantástico. Quando soube que o Coppola era o presidente do júri, achei que era um prémio importante. Conheci realizadores e pessoas fantásticas. O prémio que acabo de receber é fantástico. Não tenho palavras para exprimir o que sinto. Estou muito feliz. É muito especial”, disse Gabriel Mascaro.

O filme libanês “Very big shot” ganhou o prémio de melhor filme. O presidente do júri, Francis Ford Coppola, entregou a estrela de Ouro a Mir-Jean Bou Chaaya.

O realizador libanês prestou homenagem à terra natal que vive as pesadas consequências do conflito sírio. “Dou este prémio ao meu país, o Líbano. Um país que infelizmente não acredita em nós mas nós acreditaremos sempre nele”, sublinhou o realizador libanês.

Numa decisão pouco comum, o prémio do júri foi atribuído coletivamente aos restantes 14 filmes da competição.

O diretor artístico do festival, Bruno Barde, afirma que os filmes mais inovadores vêm de fora da Europa.

“Procurei filmes onde havia uma certa urgência em termos de encenação, um desejo de cinema. Os países confortáveis da velha Europa, como a França, a Itália e a Espanha têm dificuldades em fazer filmes que não sejam formatados para a televisão. Encontrei filmes mais interessantes no Cazaquistão, na Islândia, na Dinamarca, países que têm vontade de reinventar a gramática cinematográfica”, disse Bruno Barde.

O realizador iraniano Abbas Kiarostami foi convidado para dar uma masterclass durante o Festival onde falou da sua conceção de cinema.

“Tudo o que posso dizer sobre o meu trabalho é o que faço. Eu não me inspiro no cinema, nem na literatura. Apenas olho à minha volta e observo a vida”, disse Kiarostami.

Lançado pelo rei Maomé VI, o Festival de Cinema de Marraquexe celebra este ano a décima quinta edição.

“Espero que daqui a cinco anos possamos integrar a seleção oficial dos festivais de Cannes, Berlim e Veneza. É um dos meus grandes desejos. Depois de ‘Otelo’ nunca mais fizemos parte da seleção oficial. Essa presença seria um reconhecimento para o cinema marroquino”, afirmou o director do Centro do Cinema de Marrocos, Sarim Fassi Fihri.

Este ano, o cinema marroquino ficou marcado pela polémica em torno de “Muched loved”. O filme apresentado na Quinzena dos realizadores em Cannes retrata a prostituição em Marrocos e foi proibido no país. A atriz principal de “Much Loved”, Loubna Abidar, recebeu numerosos insultos e decidiu mudar-se para França.

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