Sob um forte dispositivo de segurança, na sequência dos atentados terroristas que afetaram a Europa, a 69ª edição do Festival de Cannes arranca esta quarta-feira, no sul de…
Sob um forte dispositivo de segurança, na sequência dos atentados terroristas que afetaram a Europa, a 69ª edição do Festival de Cannes arranca esta quarta-feira, no sul de França.
Espera-se que mais de 40 mil pessoas visitem o evento, no qual haverá, como é hábito, um verdadeiro desfile de estrelas do mundo da sétima arte e não só.
“Café Society”, filme do realizador norte-americano Woody Allen, faz as honras de abertura do certame, mas sendo exibido fora da competição.
Steve Carell, Kristen Stewart e Jesse Eisenberg são alguns dos nomes que compõem o elenco de luxo.
O filme, um misto de comédia dramática com romance à mistura, propõe uma viagem à indústria de Hollywood dos anos 30.
O diretor artístico do Festival de Cannes, Thierry Fremaux, não esconde o entusiasmo: “Woody Allen é um nome ao qual prestamos atenção, porque vem de meados dos anos 60 e converteu-se em realizador. Costumava enviar os filmes para Cannes, mas sem comparecer. Penso que é um dos melhores autores, nos dois sentidos, como realizador e como argumentista. Estamos muito contentes por tê-lo em palco na noite de abertura.”
São 21 os filmes que concorrem este ano à Palma de Ouro, prémio de maior prestígio no festival que será atribuído a 22 de maio, no último dia do evento.
O cineasta espanhol Pedro Almodóvar apresenta o filme “Julieta”, uma história que relata o afastamento entre uma mãe e uma filha por causa da morte do marido/pai. As atrizes Adriana Ugarte e Emma Suárez são protagonistas do enredo.
A comédia “Ma Loute”, de Bruno Dumont, é um dos quatro filmes franceses na competição. Juliette Binoche é um dos nomes de peso que trazem à tela uma história de desaparecimentos misteriosos na Baía de Slack, no norte de França. A ação decorre no verão de 1910 e além de uma história de amor mistura uma dose de ingredientes policiais.
Num outro registo, o sul-coreano Park Chan-Wook traz a Cannes, onde já foi distinguido por duas vezes, “The Handmaiden.”
Inspirado no romance “The Fingersmith”, da britânica Sarah Walters, a ação desenrola-se nos anos 30, durante a ocupação japonesa. Uma película que tem tanto de policial como de romântica.
“Vimos 1800 filmes. Entre esses filmes escolhemos uma seleção de 50 a 60 películas e desse grupo selecionámos 21 para a competição. Daquilo que vimos, considero termos os melhores filmes. Continuo a lamentar pelas películas que não podemos incluir porque vimos muitos filmes maravilhosos. A sétima arte atravessa um momento de muito boa forma”, sublinha Thierry Fremaux, sobre a seleção deste ano.
De fora da competição, “Money Monster”, filme realizado por Jodie Foster, junta George Clooney e Julia Roberts no ecrã. É uma das películas mais aguardadas. Marca o regresso da veterana do cinema norte-americano a Cannes, como realizadora. Para Julia Roberts será uma estreia.
O 69º Festival Internacional de Cinema terá lugar de 11 a 22 maio. O júri será presidido pelo realizador australiano George Miller, responsável pela saga “Mad Max.” Kirsten Dunst e Donald Sutherland, entre outros, integram o painel de jurados.