Hector Berlioz, um dos maiores compositores românticos franceses, inspirou-se, enormemente, em Shakespeare, autor que morreu há quatrocentos anos.
Hector Berlioz, um dos maiores compositores românticos franceses, inspirou-se, enormemente, em Shakespeare, autor que morreu há quatrocentos anos.
Também em Toulouse, França, o quadricentenário foi comemorado com a última ópera de Berlioz, “Béatrice et Bénédict”, inspirada em “Muito Barulho por Nada”:
“Foi emocionante, o trabalho, durante os meses de estudo da obra e foi, progressivamente, que resolvi as minhas questões. Umas semanas antes de chegar a Toulouse ainda não a tinha “digerido” completamente. Mas depois, com os ensaios, tive, finalmente, a sensação de que conseguia tirar proveito de todas as notas de Berlioz: mesmo aquelas que me continuavam a surpreender. Ainda hoje são inspiradoras e parecem-me, totalmente, necessárias”, adianta o maestro Tito Ceccherini.
Demain, mardi 11 oct. à 20h, dernière de BÉATRICE ET BÉNÉDICT au
theatrecapitole</a> <a href="https://t.co/a9MnMUaSj0">https://t.co/a9MnMUaSj0</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/op%C3%A9ra?src=hash">#opéra</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Toulouse?src=hash">#Toulouse</a> <a href="https://t.co/xORmUo9a1C">pic.twitter.com/xORmUo9a1C</a></p>— Théâtre du Capitole (
theatrecapitole) 10 de outubro de 2016
Berlioz optou, deliberadamente, por se centrar num terreno simples, parcelado, para recriar a peça de Shakespeare:
“Isso permitiu que Berlioz se concentrasse em questões como o amor e a psicologia dos personagens e explorasse temas como a perceção que temos de nós próprios, a nossa relação com os outros… Não se trata apenas de comédia, é como uma ‘agulha’ que toca nervos muito sensíveis.
Trata-se de um compositor cuja linguagem musical está, básica e profundamente, enraizada nos modelos clássicos, embora Berlioz evolua, a partir desses modelos, e os enriqueça. Ele é um compositor que está sempre à procura de novos caminhos e a evitar o óbvio.
À primeira vista, as suas frases musicais, os seus caminhos harmónicos, parecem bastante clássicos. Era frustrante e confuso o facto de as “frases” começarem de uma determinada maneira e terminarem de forma inesperada, de forma, totalmente, diferente.
Mas, na verdade, há uma enorme consistência nesta peça. E a partitura é um fogo-de-artifício de ideias, a alegria de fazer música, é diversão do início ao fim!
A ária de Béatrice é uma peça extraordinária. Há, também, o elemento dramático, o elemento sentimental, a paixão, o entusiasmo… e a parte final da ária tem esse brio. Vivacidade é a palavra que caracteriza esta ópera!” – Diz o maestro italiano.
Ce soir au
theatrecapitole</a> première de BÉATRICE ET BÉNÉDICT, opéra de <a href="https://twitter.com/hashtag/Berlioz?src=hash">#Berlioz</a> dirigé par Tito Ceccherini. Mise en scène de Richard Brunel. <a href="https://t.co/k8q7VtURVc">pic.twitter.com/k8q7VtURVc</a></p>— Théâtre du Capitole (
theatrecapitole) 30 de setembro de 2016