A longa-metragem “Toni Erdmann” é uma critica feroz do capitalismo mundial e do mundo do trabalho. A obra da realizadora Maren Ade foi a grande vencedora, este ano, dos prémios do cinema europeu.
Ines trabalha como consultora financeira numa empresa alemã sediada em Bucareste. É obcecada pelo trabalho e está constantemente sob pressão da direção. Um dia, o pai da protagonista decide visitá-la e insiste em segui-la por todo lado para a ajudar a encontrar o sentido da vida.
Para conseguir o seu objetivo, o progenitor decide vestir a pele de uma personagem a que dá o nome de Toni Erdmann.
O filme alemão arrecadou cinco galardões, incluindo o de melhor filme, melhor realizador e melhor argumento. Pela primeira vez, o prémio da Academia de Cinema Europeu é atribuído a uma longa-metragem realizada por uma mulher.
A realizadora mostra o impacto dos valores do mundo do trabalho, como a otimização dos recursos e competição permanente, na vida familiar, amorosa e sexual das pessoas. Apesar do registo burlesco, Toni Erdmann é sobretudo uma obra sobre a angústia existencial e uma reflexão sobre o sentido da vida.