Romeu e Julieta de Gounod no Liceu de Barcelona

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Romeu e Julieta de Gounod no Liceu de Barcelona
De  Katharina RabillonANA RUIVO, ANTÓNIO OLIVEIRA E SILVA E TERESA BIZARRO
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A mais conhecida tragédia de amor de todos os tempos com o tenor albanês, Saimir Pirgu, e a soprano russa, Aida Garifullina.

É uma das mais conhecidas história de todos os tempos. Romeu e Julieta, do compositor francês Charles Gounod, uma adaptação do conto de William Shakespeare.

O compositor francês nasceu há dois séculos e a data é assinalada no Teatre del Liceu, em Barcelona, com uma performance que conta com o tenor albanês, Saimir Pirgu, e com a soprano russa, Aida Garifullina, nos papéis principais. Dão vida ao casal que vive o trágico amor.

Aida Garifullina disse que "muitas jovens querem ser Julieta porque vêm uma imagem feminina e sensível. Ela é frágil." A soprano explicou à Euronews que Romeu e Julieta fala tanto de "tragédia" como de "primeiro amor." E da forma como Julieta vive esse primeiro amor, entre inocência e entrada na vida adulta:

"É uma alegoria que mostra como ela quer viver a vida adulta, ser livre e fazer o que lhe apetecer, ser feliz," explicou Garifullina à Euronews.

"É tão intenso e de partir o coração. Ela é uma mulher o suficientemente adulta pra entender que a vida não é um mar de rosas, mas que é complicada e difícil," continuou.

Uma ópera que chega a ser difícil de cantar

Saimir Pirgu falou-nos também na importância do elemento 'inocência' em toda a peça. "Há algo muito naïf. É muito bonita de se ouvir."

Uma ópera que, para o tenor albanês, chega a ser difícil de cantar, especialmente na última cena, ainda que pelas melhores razões:

"Ás vezes, quando canto, sinto uma emoção tão profunda com aquela cena, que é difícil cantar. Especialmente quando falo do último baiser o último beijo".

"É uma cena que não existe no conto de Shakespeare, mas que existe na peça de Gounod e que deu a esta ópera uma intensidade forte," explica à Euronews.

Uma musicalidade idiomática

Stephen Lawless é o diretor de palco. Contou à Euronews que a peça do compositor francês fica marcada por "toda uma musicalidade idiomática, porque Gounod usa vários registos, do mais sério à opéra comique, passando quase pla chanson."

"Gounod também escreve com o sentido de algo muito - para mim plo menos - muito francês, uma ironia elegante."

Lawless quis ser fiél ao tempo de produção e manteve história da ópera no tempo do seu criador:

"É música do século XIX. Por isso, contamos uma história que se passa no século XIX, mas procurámos um contexto especifico: a Guerra Civil dos Estados Unidos."

Romeu e Julieta estará no Teatre del Liceu de Barcelona nos dias 24 e 27 de fevereiro e 2 e 4 de março.

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