50 anos depois da morte do líder dos direitos cívicos, estreia "Acrimony", um filme em que o elenco é constituído quase exclusivamente por afro-americanos.
Nos 50 anos da morte de Martin Luther King, os atores de "Acrimony" lembram a herança do grande lutador pelos direitos dos negros norte-americanos.
O filme de Tyler Perry estreou agora nos Estados Unidos e tem um elenco praticamente todo constituído por afro-americanos. Taraji P. Henson tem o papel principal. Crystele Stewart, que foi miss Estados Unidos em 2008, entra também no filme: "Martin Luther King significa tudo para mim. É por causa dele que estou aqui hoje e que posso falar consigo à vontade. Martin Luther King fez com que os afro-americanos pudessem mostrar a todos a sua criatividade, por isso todos nós respeitamos e amamos Martin Luther King", diz a atriz.
"Hoje estou nesta passadeira vermelha e estou num filme por causa do impacto que ele teve na minha vida", diz Taraji P. Henson. Para Lyriq Bent, também ator no filme, "falamos sobre a grandeza do que ele fez, mas não a vivemos. Esse é o próximo passo. Já falámos demasiado sobre isso, agora é altura de começar a viver essa verdade".
Os negros estiveram afastados dos Óscares até à vitória de Sidney Poitier em 1964, por "Lilies of the field". Só quase 40 anos depois um negro voltaria a ganhar um Óscar - foi Denzel Washingron, em 2002, com "Training Day". No mesmo ano , Halle Berry foi a primeira afro-americana a ganhar um Óscar como atriz principal, por "Monster's Ball".
"Percorremos um longo caminho, mas tentam puxar-nos para trás. Temos de resistir e ir em frente", diz Al Sharpton, ativista dos direitos cívicos e contemporâneo de MLK.
"Há ainda muito trabalho para fazer. Mas tenho esperança, devido a todos os jovens que vimos mexer-se pela reforma na legislação sobre as armas. Onde há vontade, há um caminho. Isso significa algo diferente, hoje. Tenho muita esperança no futuro", diz Angela Rye, advogada e comentadora política.
"Acrimony" é um thriller psicológico, que conta a história de uma mulher que decide levar a cabo uma viongança contra o marido infiel. O filme estreou agora nos Estados Unidos e Canadá. Não está, para já, prevista a estreia nos ecrãs europeus.