Martin Luther King: 50 anos de uma mensagem que não morre

Martin Luther King: 50 anos de uma mensagem que não morre
De  Antonio Oliveira E Silva com ASSOCIATED PRESS
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O líder do Movimento dos Direitos Civis foi assassinado em 1968, em Memphis.

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Os Estados Unidos assinalaram os 50 anos do assassinato de Martin Luther King Junior, líder do Movimento pelos Direitos Civis nos anos 50 e 60 e reverendo batista.

Houve marchas e concentrações em várias cidades, desde a capital, Washington DC, a Atlanta, na Geórgia, e Memphis, onde King foi assassinado, em 1968, aos 39 anos.

Muitos manifestantes fizeram também minutos de silêncio.

Em Memphis, o sindicato de trabalhadores municipais, cujos baixos salários foram denunciados por Luther King, organizou uma marcha para recordar os 50 anos da morte do reverendo. A marcha foi seguida por centenas de pessoas.

Em Atlanta, Bernice King, filha do ativista, participou numa cerimónia de entrega de prémios realizada em honra do pai. 

Na capital da Geórgia, onde se encontra a tumba de Luther King, foi assinalado o momento em que o reverendo foi alvejado com o tocar de um sino.

As cerimónias tiveram lugar quando os movimentos supremacistas brancos passam por um ressurgimento nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que os abusos de agentes da polícia de que são vítimas americanos negros enchem manchetes em medias de todo o mundo.

A mensagem de Luther King, atravessou décadas e gerações de uma América com uma passado muito presente ainda por resolver.

O antigo presidente Barack Obama, o primeiro afroamericano a ser eleito presidente dos EUA, deixou uma mensagem de vídeo nas redes sociais. Obama disse que "enquanto continuemos a tentar, a alma do Dr. King continuará feliz."

Um sonho por realizar

Décadas depois do início do Movimento pelos Direitos Civis, os Estados Unidos continuam confrontados com uma profunda desigualdade racial. 

As comunidades negras sofrem com elevadas taxas de pobreza e falta de acesso à saúde, habitação digna e educação.

Martin Luther King foi assassinado à entrada do quarto 306 do Lorraine Motel, em Memphis, por volta das seis da tarde do dia quatro de abril de 1968. 

King seguia a filosofia da não-violência de Gandhi e tinha recebido o Prémio Nobel da Paz, em 1964.

Um ano antes, em 1963, 250 mil manifestantes marcharam em Washington, onde King fez o discurso em que ficou famosa a frase "Eu tenho um sonho". O Lyndon Johnson aprovou, um ano depois, uma lei que proibia todas as formas de discriminação racial nos Estados Unidos da América.

Em 1955, o reverendo começou a sua mobilização para pressionar o governo americano a declarar ilegal a política de discriminação racial nos estados do sul dos EUA , à qual os racistas responderam com violência. O assassino tinha a intenção de mudar-se depois para a então Rodésia, na altura dirigida por um Governo de minoria branca, mas acabou na prisão, onde morreu com hepatice C. 

Reuters
Houve manifestações e marchas silenciosas em diferentes cidades dos Estados Unidos. Em Washington, os participantes apelaram ao fim do racismo.Reuters

Os media dos Estados Unidos assinalam a data com edições especiais. A NBC News produziu um conjunto de reportagens sobre os 50 anos da morte do reverendo e ativista, com testemunhos da altura e análises sobre a forma como King se comportava perante os media, sem esquecer, claro, a mensagem do líder do Movimento pelos Direitos Civis.

Outras fontes • NBC NEWS

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