Foi há cinco anos que Hozier saltou para o estrelato com o tema "Take me to church". Agora, o cantor irlandês está de regresso com um novo tema, "Nina cried power" e um álbum que chega no início do próximo ano. Mavis Staples, uma das artistas que esta canção homenageia, faz dueto com Hozier na versão de estúdio e talvez apareça ao vivo com ele, em breve.
A euronews esteve com Hozier em Lisboa e conversou com ele.
Entrevista
Luís Guita, euronews: Está de regresso com "Nina cried power". É uma referência a Nina Simone e outros cantores de protesto. O que está por detrás deste tema?
Hozier: A intenção foi escrever algo que transmitisse esperança e homenageasse artistas do século XX que protestaram por coisas que achavam importantes... Esta canção é uma nota de agradecimento por isso. Quando a escrevi, reparei que coisas como o fanatismo, o ódio ou a retórica que divide as pessoas estavam a ter uma plataforma nos media 24 horas por dia e sete dias por semana. Por isso quis escrever algo que transmitisse esperança e um espírito de solidariedade, na herança de artistas como Nina Simone, Mavis Staples ou Woody Guthrie.
"Take me to church" roda sem parar nas rádios desde há cinco anos e tornou-se já num dos grandes hits desta década. A canção fala da desilusão do cantor para com as posições da igreja católica e alcançou mais de 240 milhões de vizualizações no YouTube.
"Take me to church" foi um sucesso mundial. Ficou surpreendido pelo êxito?
Fiquei, na altura. Olhando para trás, foi um fenómeno. Era uma canção árida, com uma produção muito simples, em relação ao que eram os hits dessa altura. Por isso sim, fiquei surpreendido.
Este concerto no Coliseu dos Recreios, na capital portuguesa, deu o pontapé de saída à tournée europeia que passa por vários países culmina a 20 de dezembro em Killarney, na Irlanda, país natal de Hozier.