O cineasta alemão assina um documentário sobre o último líder da União Soviética, que chega `às salas da Europa no outono.
É reconhecido por muitos, e com alguma justiça, como o homem que mudou a Europa. Mikhail Gorbachov, último líder da União Soviética e arquiteto do fim da guerra fria, é retratado aos 88 anos pelo cineasta alemão Werner Herzog num novo documentário.
"Ele conseguiu a reunificação sem violência, sem derramamento de sangue. Noutros tempos, os tanques da União Soviética teriam invadido a Hungria, a Polónia, a Checoslováquia e a Alemanha de Leste. Incarnou uma nova maneira de lidar com os monumentais problemas históricos e políticos", diz Herzog.
Durante os seis anos em que esteve à frente da URSS e que conduziriam ao fim desta união, conseguiu feitos como a retirada do Afeganistão ou a redução em massa dos arsenais nucleares, juntamente com os Estados Unidos.
Para Herzog, "As pessoas na Rússia e no Ocidente começam a perceber a importância deste homem, a magnitude das coisas que conseguiu. Por exemplo, juntamente com Ronald Reagan, a maior redução nas armas da história da humanidade. Não deveria haver uma nova guerra fria. Acredito que a demonização da Rússia é um grande erro dos media e dos políticos ocidentais. Se consideram a Rússia um inimigo, falem com eles".
O filme estreia agora nos Estados Unidos e chega à Europa no outono. Werner Herzog assinou também uma longa-metragem de ficção inteiramente falada em japonês, "Family Romance, LLC" , que estreia agora em Cannes.