Festival de Veneza dividido com filme de Roman Polanski

Festival de Veneza dividido com filme de Roman Polanski
De  João Paulo Godinho
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"J'accuse" foi apresentado sexta-feira, tendo recebido elogios pela qualidade da obra e críticas pelos paralelismos com a vida pessoal do cineasta.

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O filme "J'accuse", do realizador Roman Polanski, foi apresentado esta sexta-feira no Festival de Veneza e está a dividir a crítica internacional.

Se uns elogiam a qualidade da obra, uma das 21 nomeadas para o Leão de Ouro do certame, outros questionam os paralelos entre o filme e a própria vida do cineasta franco-polaco. Polanski fugiu à justiça dos Estados Unidos em 1978 pela alegada violação de uma menor, um caso polémico que o acompanha há quatro décadas.

"J'accuse" conta a história do 'caso Dreyfus', um oficial judeu do exército francês, Alfred Dreyfus, injustamente condenado por traição, num escândalo que abalou França entre o final do séc. XIX e o início do séc. XX.

Para muitos, o realizador acabou por interligar a sua história pessoal, marcada pelo 'caso Geimer' e por outras acusações de alegado envolvimento sexual com menores de idade, e a própria narrativa do filme.

Roman Polanski não esteve presente na apresentação, com o filme a ser representado pela mulher e atriz Emmanuelle Seigner e pelos atores Louis Garrel e Jean Dujardin, vencedor do Óscar de melhor ator em 2012 pelo filme "O Artista".

Já o produtor Luca Barbareschi explicou logo à partida que apenas iria responder a questões sobre o filme e a produção, passando ao lado da polémica em torno do realizador.

O dia em Veneza ficou também marcado pela presença do elenco do filme "Seberg", que se apresentou fora da competição no festival e chamou as atenções na passadeira vermelha.

Kristen Stewart é a protagonista da obra que retrata Jean Seberg, ícone da nova vaga do cinema francês nos anos 60.

A atriz francesa acabou também por se tornar um alvo político pelo envolvimento com Hakim Jamal, um ativista afro-americano pelos direitos civis, aqui interpretado por Anthony Mackie.

Outras fontes • LUSA / Reuters

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