O criador de origem nigeriana apresentou a coleção outono/inverno, com a participação da supermodelo Naomi Campbell.
Da Nigéria para Paris, houve toda uma viagem que Kenneth Ize quis contar na Semana de Moda.
A herança africana cravada no trabalho artesanal e técnicas de tecelagem é um património que gosta de preservar e aliar ao conhecimento das casas italianas e austríaca.
À capital francesa levou uma coleção também dirigida para mulheres. Uma estreia para o designer de origem nigeriana que, desde o sete anos, fez da Áustria casa.
"Produzimos tudo isto na Nigéria e enviamos para Itália. Fiz o tecido bordado na Áustria. E para mim isto é que é luxo. Já não se trata apenas de fazer roupas caras, mas sobretudo de fazer com que as pessoas que fazem essas roupas se sintam mais humanas. Isso é muito importante para mim", revela o criador.
A fechar o desfile, veio a bênção da madrinha, com Naomi Campbell a envergar um coordenado de Kenneth Ize.
Ize conta que a supermodelo o apoia desde o início. "Fez com que isto acontecesse e que chegasse ao nível em que está aqui, em Paris".
Entre o regresso às raízes e a fusão cultural, Ize começou por chamar à atenção do mundo da moda na Lagos Fashion Week. Meses mais tarde viria a ganhar o prémio de finalista do grupo da Louis Vuitton, LMVH, num passo que se revelou fulcral no percurso rumo às capitais da alta costura.