A Semana da Moda de São Paulo apresentou propostas de criadores brasileiros, onde a roupa foi arma na luta contra o preconceito de género.
São Paulo está a fechar a Fashion Week, mas antes mostrou ao mundo como a política pode estar na moda, ou melhor, como a moda pode ser política.
As questões de género e orientação sexual marcaram o penúltimo dia de desfiles, esta quinta-feira, com o criador João Pimenta a inspirar-se no universo lésbico para enaltecer a luta contra o preconceito,
"Tenho tentado embutir dentro das minhas coleções uma mensagem política, porque a gente tem vivido aqui no Brasil uma situação política muito complicada, onde a arte, os nichos, os gays, as mulheres, os índios parecem não ter mais importância nenhuma. Estou focando a minha coleção em mulheres gays, não acreditando que elas precisem de uma moda específica, mas para ter um olhar sobre elas, para que elas tenham visibilidade", revelou o designer de moda.
No mesmo dia, também Glória Coelho trocou as voltas à identidade de género, Tendo por base a temática dos mundos fantásticos de dragões, deuses e seres mágicos, a criadora apresentou uma coleção de cortes ditos masculinos para mulheres que gostam de vestir o fato.