Tatuagens contra o racismo

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De  Ricardo Borges de Carvalho  com AP
Tatuagens contra o racismo
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É um trabalho gratuito que Alexander Lawrence acredita que pode ajudar diminuir as tensões raciais nos Estados Unidos.

Há mais de 10 anos que este tatuador norte-americano do Vermont oferece o seu talento a quem quiser cobrir tatuagens com símbolos racistas, mas nas últimas semanas, não tem tido mãos a medir.

"As pessoas chegam e dizem-me: tenho esta velha tatuagem mas já não sou assim e não quero que as pessoas pensem que sou. São tempos e uma idade diferentes do que quando estava a crescer e não sou alguém que inspire ódio, mas esta tatuagem faz-me parecer que sim. Desde que surgiu o movimento Black Lives Matter, as coisas começaram a acontecer e penso que é um bom movimento. Ninguém deve odiar ninguém por causa das diferenças. Todos nascemos da mesma maneira. Estamos todos aqui. Todos sangramos da mesma forma. Não há diferença entre ninguém. Mas todos pensamos que há e não há".
Alexander Lawrence
Tatuador

Lawrence já perdeu a conta ao número de suásticas e outros símbolos nazis que cobriu na pele dos clientes.

Acredita que a morte de George Floyd, há um mês, em Mineápolis e o ressurgimento do movimento "Black Lives Matter" ("A Vida dos Negros importa"), foram os principais fatores para o aumento exponencial de clientes.