Se a pandemia de covid-19 deu origem a um divórcio entre público e cinema na Europa, "Tenet" foi a chave para a reconciliação. Em duas semanas tem já receitas superiores a 150 milhões de dólares. O último filme de Christopher Nolan provocou um regresso às salas de cinema e é líder de bilheteiras na Europa, só em Portugal já foi visto por mais de cinquenta mil espetadores.
Mesmo os filmes nacionais, que tinham vindo a beneficiar da escassez de grandes produções de Hollywood este verão, ficaram a ganhar com o fenómeno "Tenet". Em Espanha, por exemplo, a sequela de "Padre no hay más que uno" viu o número de espetadores subir mais de 1000% na semana em que o filme norte-americano chegou ao grande ecrã.
Em França, "Effacer l’historique" estreou na mesma semana de Tenet e instalou-se confortavelmente na segunda posição dos filmes mais vistos, atrás do inevitável blockbuster norte-americano. O filme francês foi Urso de Prata em Berlim e estará brevemente disponível além-fronteiras.
Também distinguido na capital alemã foi "Volevo Nascondermi", com Elio Germano a arrebatar o galardão de melhor ator. Apesar de estar há mais de seis meses nas salas de cinema italianas, o filme de Giorgio Diritti registou um aumento no número de espetadores no final de agosto.
Em Portugal, as produções nacionais têm tido uma prestação discreta e só "O Filme do Bruno Aleixo" conseguiu superar os vinte mil espetadores até ao momento em 2020.