Melodias intemporais nos magníficos jardins do Palácio Schönbrunn, em Viena. O tenor Jonas Kaufmann brilhou no Concerto Noturno de Verão deste ano, dedicado ao amor.
A Filarmónica de Viena tocou uma seleção muito alargada, desde clássicos de ópera, cinema e ballet às melodias vienenses, sob a batuta do Maestro Valery Gergiev.
"Fiquei extremamente feliz quando elaborámos o programa. Quando olhamos para Richard Wagner e vemos como pode expressar o amor em 'Tristão e Isolda' ou Richard Strauss no 'Cavaleiro da Rosa'. Todos estes compositores dão o seu melhor quando compõem sobre o amor", diz Daniel Froschauer, presidente da Filarmónica de Viena.
"Nessun Dorma", a ária imortal de Puccini, foi um dos momentos da noite.
"O amor é uma das maiores motivações para compor música. Tem sido assim durante séculos ou até milénios, provavelmente desde o início daquilo a que talvez possamos chamar música. A música tem a ver com expressar algo, sobre transpor sentimentos. Nessun Dorma é um mistério. Mesmo os jovens que a ouvem pela primeira vez, dizem: isto é inacreditável, é incrível. Podem não perceber uma palavra da letra, mas ficam emocionados", diz o tenor Jonas Kaufmann.
A opinião é partilhada pelo maestro Valery Gergiev: "Giacomo Puccini soube reunir num minuto algo tão, tão memorável e tão, tão belo".
Este evento costuma reunir, todos os anos, cerca de cem mil pessoas, mas este ano, devido à crise sanitária, a capacidade foi fortemente reduzida e apenas cerca de duas mil pessoas, que conseguiram bilhete através de um sorteio, puderam assistir.
"Este concerto é, para nós, um vislumbre de esperança em direção ao futuro. Um Concerto que oferece melodias felizes, hoje, é algo triplamente precioso", diz Gergiev.