A Metropolitan Opera de Nova Iorque apresentou uma nova produção dos Mestres Cantores de Nuremberg do compositor alemão Richard Wagner.
A Metropolitan Opera de Nova Iorque apresenta uma nova produção dos Mestres Cantores de Nuremberg de Richard Wagner, sob a batuta do maestro Antonio Pappano.
Pela primeira vez em quase 25 anos, o maestro Antonio Pappano está de volta ao Met para dirigir a emblemática obra do compositor alemão Richard Wagner (1813-1883).
“Estou muito feliz pelo facto desta casa estar de volta com tanta força, energia e vontade", disse à euronews o maestro britânico de origem italiana.
Uma ópera de quase seis horas
A ópera de Wagner composta entre 1861 e 1867 retrata a guilda de mestres cantores da Alemanha medieval. Uma viagem musical feita de amor, conquista, arte e criatividade.
“É uma comédia. Uma noite que dura quase seis horas. É refrescante. Melhora a vida", disse Antonio Pappano. E acrescentou: "Temos uma sensação de euforia e felicidade ao conseguirmos chegar ao fim, e tudo termina como começa, com uma explosão em dó maior. É maravilhoso".
A personagem principal, Hans Sachs é um sapateiro, poeta e sábio.
"Fico sempre impressionado pela dimensão deste papel. É um grande desafio vocal. E trata-se de uma personagem multifacetada: ele é um filósofo, um amante e uma pessoa muito ciumenta", afirmou o barítono alemão Michael Volle.
Uma voz wagneriana
A soprano Lise Davidsen intepreta o papel de Eva. "A minha voz combina bem com a música de Wagner. Interpretar um papel pela primeira vez com o Maestro Pappano é uma dádiva porque ele está presente o tempo todo. Não é apenas um maestro maravilhoso. É um formador maravilhoso", sublinhou a soprano Lise Davidsen.
Para Antonio Pappano, nesta obra, Wagner faz um elogio à liberdade artística. "A mensagem desta obra é a liberdade artística: ouvir o que as outras pessoas têm a dizer. As tradições são importantes, mas, é preciso manter a mente aberta. Estamos aqui, neste planeta, para aprender, ouvir, ver e experimentar", resumiu Pappano.