Acordo laboral com os estúdios expirou quarta-feira e o acordo de renovação falhou. Fique a saber porque podem os atores parar a sétima arte americana
Melhores salários, incluindo os chamados pagamentos residuais pela difusão na televisão ou em plataformas de streaming, e proteção perante o crescimento da inteligência artificial são as exigências que levam os atores de Hollywood a uma greve histórica nos Estados Unidos, confirmada pelos sindicatos esta quinta-feira à noite.
O contrato com os estúdios expirou na quarta-feira à meia-noite e o acordo para a renovação falhou. Os negociadores recomendaram aos atores juntarem-se à greve dos argumentistas. A decisão de avançar com a greve foi votada pelo sindicato que junta mais de 160 mil atores.
"O que estaríamos a protestar se fizermos greve é muito importante. Temos de proteger as pessoas que estão mais vulneráveis e 26 mil dólares por ano é o que precisamos de ganhar para ter um seguro de saúde. É com esses pagamentos residuais que muitas pessoas conseguem ultrapassar esse limiar. Se esses pagamentos acabarem, o mesmo acontece com os cuidados de saúde e isso é absolutamente inaceitável", defendeu o ator Matt Damon, que viu a estreia de "Oppenheimer", em Londres, ser antecipada para que pudesse participar sem furar o pré-aviso de greve.
Esta é a primeira dupla greve a afetar a o cinema americano em mais de 60 anos e ameaça travar a produção de séries e adiar as grandes estreias já agendadas para este verão e no outono.