Há 150 anos, 31 artistas quebraram barreiras e inauguraram a primeira exposição impressionista em Paris. Agora, e até 14 de julho, o Museu D'Orsay celebra a data coma a mostra "Paris 1874. Inventar o Impressionismo".
O Museu D'Orsay, na capital francesa, celebra o 150º aniversário da criação do Impressionismo com a exposição "Paris 1874. Inventar o Impressionismo". Conta com cerca de 130 obras excecionais e uma experiência de realidade virtual.
Foi a 15 de abril de 1874 que 31 artistas, entre os quais Monet, Renoir, Degas, Morisot, Pissarro, Sisley e Cézanne, quebraram barreiras e inauguraram a primeira exposição impressionista em Paris.
O nome do movimento surgiu da obra Impressão, Nascer do Sol, de Monet, de 1872. O crítico de arte Louis Leroy atribuiu o termo à pintura como forma de a menosprezar dizendo que “não passava de uma impressão”, mas a crítica acabou por caracterizar o grupo de artistas.
"Eles iam mostrar cenas da vida moderna, iam mostrar paisagens pintadas ao ar livre, paisagens muito luminosas, muito claras. Em suma, uma nova maneira de pintar, de pintar a sensação, a impressão, daí o termo impressionismo que lhes foi dado para os ridicularizar, não para os felicitar pelos novos rumos que tomaram", explicou Sylvie Patry, Diretora Artística da exposição
O impressionismo, que nasceu após duas guerras (guerra franco-prussiana de 1870 e uma violenta guerra civil), surgiu neste contexto de crise, que consequentemente levou os artistas a repensar a arte e a explorar novas abordagens.
De 26 de março a 14 de julho de 2024, o Museu d'Orsay recorda este momento importante da história da arte numa exposição organizada em conjunto com o Musée de l'Orangerie e pela National Gallery of Art, Washington, onde também estará patente de 8 de setembro de 2024 a 20 de janeiro de 2025.