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A caça ao metano escondido para travar aquecimento global

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A caça ao metano escondido para travar aquecimento global
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De Jeremy Wilks & euronews
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O metano é um dos gases que mais contribui para o aquecimento da temperatura.

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Nos Países Baixos, cientistas da Universidade de Utrecht estão a desenvolver uma tecnologia que permite identificar fugas de metano, um gás com um poderoso efeito de estufa.

O recente Relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) pede um grande esforço para reduzir as emissões de metano de fontes artificiais. O metano é um gás com um efeito de estufa poderoso. Num período de vinte anos, é 84 vezes mais potente do que o dióxido de carbono. Mas, identificar as fontes de metano é mais difícil do que parece. 

Graças aos satélites Copernicus e a modelos da atmosfera é possível encontrar as fontes de metano oriundas das plataformas de petróleo e gás. Mas, há outra abordagem mais "terra à terra", que passa por uma verdadeira caça ao metano, rua a rua. É o que está a ser feito nos Países Baixos.

A euronews acompanhou o trabalho de dois cientistas da Universidade de Utrecht. Hossein Maazallahi e Hanne Notø participam numa missão para identificar fugas escondidas de metano na cidade, ligadas às canalizações subterrâneas. O metano é incolor e inodoro. Mas, os instrumentos científicos detetam-no facilmente.

"Se tivermos mil milhões de moléculas no ar e uma delas for metano, estes instrumentos podem detetá-lo", explicou à euronews Hossein Maazallahi, estudante de doutoramento da Universidade de Utrecht.

Às vezes, passam-se meses ou anos até que as fugas sejam detectadas. Durante a missão, o aparelho indicou um número, 1000 ppm, mil partes por milhão, uma quantidade quinhentas vezes superior aos níveis normais, o que significa que há uma fuga de metano.

"O nosso trabalho é recolher amostras do ar e levá-las para o laboratório para analisá-las com maior profundidade e descobrir qual é a fonte da fuga", contou à euronews Hanne Notø, cientista e estudante de doutoramento em Utrecht.

No laboratório, é possível medir as impressões digitais químicas do metano para identificar a origem do gás.

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Hanne Noto e Hossein Maazallahi, estudantes de doutoramento da Universidade de Utrecht euronews

Metano é um gás com um efeito de estufa poderoso

O metano é um dos gases que mais contribui para o aquecimento da temperatura. O objetivo dos cientistas da Universidade de Utrecht é desenvolver uma tecnologia rápida e altamente sensível, que possa ser usada em larga escala para identificar e impedir as fugas de metano invisíveis.

"Um estudo científico recente demostrou que é possível reduzir as emissões de metano em 50 por cento até 2030. E se o fizermos, podemos evitar o aquecimento de um quarto de grau até 2050 e talvez meio grau até 2100. É uma parte significativa do aquecimento que os nossos estudos prevêm", afirmou Thomas Rockmann, professor de física e química atmosférica da Universidade de Utrecht.

Os últimos dados do Serviço de alterações Climáticas Copernicus

Na Europa, o último verão foi o mais quente de que há registo, De junho a agosto as temperaturas estiveram quase um grau acima da média de 1991-2020. Estes valores são superiores aos dos verões muito quentes de 2010 e 2018.

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Temperaturas de junho a agosto na Europa euronews

Onda de calor acentuada no sul e leste europeu

No sul e no leste da Europa, houve uma onda de calor acentuada. Syracuse, no sul de Itália, atingiu, a 11 de agosto, o que poderá vir a ser confirmado como o novo máximo europeu de todos os tempos: 48,8 graus.  Por outro lado, em França, passando pela Ucrânia, até a Escandinávia, as temperaturas foram um ou até dois graus mais baixas do que a média do mês passado.

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Recorde de temperatura na Europa euronews
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