Muitas vezes acusados de contribuir para o aquecimento global, muitos produtores viram-se para as práticas mais sustentáveis: É o caso desta exploração de porcos em Portugal, que aposta no aproveitamento das águas.
Ver como um recurso aquilo que antes era visto como um desperdício: Em altura de seca extrema, esta herdade perto de Salvaterra de Magos, no Ribatejo, Portugal, adotou um sistema em que toda a água utilizada na suinicultura é depois aproveitada para irrigar os solos em redor.
Vítor Menino, administrador da Valorgado, empresa proprietária da exploração, garante que esta é uma aposta ganha não só em termos económicos, como ambientais:
Quando colocamos matéria orgânica nos prados ou outras zonas desta propriedade, estamos a aumentar a capacidade de retenção da água dos solos e estamos a melhorar a qualidade da água. Estamos a utilizar menos água porque melhoramos a estrutura dos solos. Usamos menos água enquanto produzimos um bem essencial para a sociedade, que é a carne. Obviamente, estamos a contribuir para a sustentabilidade e para o equilíbrio do planeta", diz.
Só esta herdade produz, todos os anos, 18.000 porcos. Os donos, além das preocupações ambientais, garantem cumprir todas as normas de bem-estar animal. No entanto, apesar dos esforços deste e outros produtores em todo o mundo, estima-se que a pecuária intensiva, aliada à maior procura de carne, esteja entre os fatores que mais contribuem para a emissão de gases com efeito de estufa e para o aquecimento global.