Segundo a informação partilhada no site da Proteção Civil, cerca de 4.000 operacionais, acompanhados de mais de 1.300 meios terrestres e de 30 aeronaves, estão a combater os incêndios em território nacional durante esta tarde.
Os incêndios florestais continuam ser dar tréguas em Portugal, à semelhança do que tem acontecido com a vizinha Espanha. Durante a tarde desta terça-feira, cerca de meia centena de fogos continuavam a obrigar o empenho dos bombeiros, que há mais de três semanas combatem, quase incessantemente, as diferentes ocorrências que têm deflagrado em território nacional.
Segundo a informação partilhada no site da Proteção Civil, cerca de 4.000 operacionais, acompanhados de mais de 1.300 meios terrestres e de 30 aeronaves, estão ainda a combater os incêndios em território nacional durante esta tarde.
A situação mais preocupante continuar a registar-se em Arganil, na região de Coimbra, com o incêndio a empenhar, neste momento, mais de 1.500 elementos humanos no terreno, apoiados por cerca de 500 veículos e sete meios aéreos.
Em causa um fogo que, de acordo com a RTP, já se estendeu ao município de Pampilhosa da Serra, também no distrito de Coimbra, com um agravamento do contexto nas diferentes frentes devido ao vento forte que se faz sentir no local.
Entre as ocorrências ainda em curso destaque para as de Sabugal (quase 500 operacionais ainda no terreno), Mirandela (cerca de 350) e Montalegre (perto dos 300 elementos humanos). Sendo este último um incêndio que teve origem em Espanha e acabou por se estender para território português, tendo chegado a ameaçar a aldeia de Vilar de Perdizes.
Devido aos fogos, a Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou, em comunicado divulgado no seu site, o condicionamento da circulação rodoviária em algumas vias. De acordo com a informação disponibilizada, certos troços da EN 238 e da EN 352, no distrito de Castelo Branco, do IP2, no distrito de Bragança, e da EN 230, da EN 231 e da EN 233, no distrito da Guarda, foram cortados.
A situação no terreno permanece, assim, complexa apesar das previsões mais recentes do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apontavam para uma descida generalizada das temperaturas, um pouco por todo o país, a partir de segunda-feira. Uma tendência que, segundo a entidade, deveria prolongar-se durante toda a semana.
De acordo com a informação que consta no site do Governo, o país encontra-se em situação de alerta até ao final desta terça-feira, dia 19 de agosto, "devido ao risco agravado de incêndio".
Mais de 3.700 militares no terreno
Em nota publicada no Facebook, o Exército português ofereceu um balanço acerca daquele que tem sido o apoio prestado pelos seus militares nas operações de rescaldo e vigilância associadas aos incêndios rurais. O referido ramo das Forças Armadas indicou que 3.752 soldados, apoiados por 1.610 viaturas, já estiveram envolvidos no trabalho desenvolvido em 16 distritos. Contabilizando um total de 9.916 horas de missão em mais de 300 mil quilómetros percorridos.
Até ao momento, os fogos florestais em Portugal provocaram duas vítimas mortais, incluindo um bombeiro, bem como vários feridos, a maioria dos quais com ferimentos leves.
As chamas têm também causado uma vasta destruição um pouco por todo o país, com inúmeras habitações e outras estruturas a terem ficado destruídas. Destacando-se também uma vasta área ardida na sequência das diferentes ocorrências: pelo menos 215 mil hectares, segundo dados provisórios do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais, atualizados esta terça-feira.
Um valor que supera, inclusive, a área total perdida para incêndios florestais durante todo o ano de 2024.